O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ele criticou mais uma vez a lentidão e a burocracia do governo federal, nesta segunda-feira (17), durante cerimônia de assinatura de contrato que destina R$ 318,5 milhões do Fundo Amazônia ao Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Amas).
Em breve discurso, Lula elogiou o programa, mas pediu mais comprometimento e agilidade dos ministros e técnicos do governo para que as ações possam ser efetivamente executadas no atual mandato.
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“Nunca antes na história do Brasil se pensou em dar um passo tão extraordinário para cuidar da Amazônia como o que está sendo dado agora”, disse Lula.
“Entre propormos a criação do Amas e criarmos esse contrato, demoramos quase 1 ano. Agora temos que fazer uma licitação para comprar as coisas previstas no orçamento. Se demorar mais um ano, encerraremos o mandato sem colocar em prática o nosso plano”, alertou o presidente.
“Quero fazer um apelo aos meus companheiros: é preciso ser rápido. Você tem que revisar os manuais. É preciso fazer as coisas acontecerem”, completou Lula.
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O Chefe do Executivo disse ainda que a equipa governamental precisa de ter
“muita habilidade para fazer isso acontecer rapidamente.”
“Estamos aprendendo que tudo que precisa ser construído leva muito tempo e tudo que precisa ser destruído acontece rápido. Precisamos acelerar um pouco o processo de construção, porque o mandato é de apenas 4 anos. Logo a gente termina o mandato, não dá para executar, aí vem outro e não faz nada”, finalizou o petista.
O plano
A assinatura do convênio entre o Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ocorreu entre o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowskie o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.
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Segundo o Palácio do Planalto, além do investimento em profissionais de segurança federais e municipais, as ações de inteligência e fiscalização “serão reforçadas por meio da aquisição e aluguel de equipamentos de combate ao crime organizado”.
Um dos principais objetivos do Amas, diz o Planalto, é estruturar e equipar o Centro Internacional de Cooperação Policial (CCPI-Amazônia), em Manaus (AM), e reforçar a integração com a Companhia de Operações Ambientais (COA), unidade da Força Nacional especializada no combate ao desmatamento.
Com o programa, o governo espera ampliar a troca de informações entre as forças de segurança federais, representantes das secretarias de segurança pública dos 9 estados da Amazônia Legal e representantes dos demais países que compõem o bioma. O plano prevê investimento total de R$ 1,2 bilhão.
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Projeto “ambicioso”, diz Lewandowski
“É um projeto ambicioso que acaba de ser concretizado após os primeiros passos dados”, afirmou o ministro Lewandowski, que falou antes de Lula.
“Comemoramos um marco importante no combate aos crimes ambientais na Amazônia. A assinatura deste contrato com o BNDES representa o firme compromisso do governo federal com o fortalecimento da segurança e da soberania de uma das regiões mais vitais do nosso país”, disse o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), hoje à frente do departamento de Justiça .
“Os avanços do crime organizado no desmatamento ilegal e outros crimes combinados a ele devem acabar. O plano é a resposta do governo Lula a esses desafios. O objetivo não é apenas proteger a Amazônia, mas garantir a segurança e o bem-estar de todas as pessoas que ali vivem”, continuou Lewandowski.
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“Forneceremos viaturas policiais, barcos blindados, helicópteros, drones e outros equipamentos necessários. Há também um plano para implementar bases terrestres e fluviais na região”, explicou o ministro.
Outros ministros
Além de Lula, Mercadante e Lewandowski, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB)e o Ministro do Ambiente e das Alterações Climáticas, Marina Silva (Rede).
O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos Rodriguesque teve participação ativa na elaboração do programa, também esteve presente.
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