Líderes do Senado avaliam impacto da medida provisória (MP) de compensação tributária após serem contatados com preocupação por diversos setores da economia. O assunto foi discutido em reunião de líderes da Câmara nesta quinta-feira (6).
O líder do União Brasil, senador Efraim Filho (PB), afirmou que “recebemos muita preocupação e inconformismo do setor produtivo”. “O colégio de dirigentes se comprometeu a analisar os reais impactos desta medida provisória.”
Segundo Efraim, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), encomendou parecer à assessoria jurídica da Câmara para que os senadores tenham uma ideia melhor do impacto da iniciativa e, assim, decidam qual caminho tomar diante do assunto.
O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), sinalizou que o assunto não havia sido discutido anteriormente pelo governo com os parlamentares. Ele afirmou, porém, que ainda não houve pedido dos líderes do Senado para que o assunto fosse imediatamente devolvido ao Executivo.
“Há, efetivamente, um movimento no setor produtivo brasileiro. E aí, vários segmentos, não é um segmento isolado”, disse, ressaltando que há preocupação em setores como agronegócio, mineração e indústria.
“De qualquer forma, há uma preocupação generalizada. Mas estamos aguardando as conclusões das análises técnicas para que possamos, pelo menos falo em nome do MDB, nos posicionar em relação à medida provisória”, declarou.
Avaliações
Líder do PP no Senado e ex-ministra da Agricultura no governo Jair Bolsonaro (PL), Teresa Cristina (MS) afirmou que a medida provisória representa “um retrocesso para o país”.
“A MP altera o sistema tributário, indo na contramão da reforma, e altera a forma de utilização dos créditos do PIS/Cofins”, disse, em nota da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). “É um verdadeiro calote das empresas, que perderão recursos disponíveis, reduzirão os planos de investimento e, consequentemente, cortarão empregos.”
O presidente da FPA, deputado federal Pedro Lupion (PP-PR), disse que a “única solução que vemos para essa medida provisória é a sua volta”.
“Não há possibilidade de emenda salvar essa MP. O governo está brincando conosco enquanto quer que acreditemos que a reforma tributária resolverá esses problemas. Essa medida provisória acaba com o setor exportador do país”, afirmou.
Análise de medição
A MP foi publicada pelo governo federal nesta terça-feira (4). Alguns parlamentares disseram que estavam tão focados no projeto de taxar as compras internacionais que só agora têm tempo de analisar o que diz o texto.
Uma MP tem força de lei assim que é publicada no Diário Oficial da União, mas deve ser aprovada pelo Congresso no prazo de 120 dias para não perder a validade.
A medida provisória trata de alterações na restituição ou compensação de saldos credores de PIS/Cofins. O texto proíbe a utilização desses créditos para pagar dívidas de outros tributos federais das próprias empresas, por exemplo.
Com esta MP, o governo quer compensar a continuação da desoneração tributária sobre a folha de pagamento e a redução das contribuições previdenciárias dos municípios. São questões que já foram polêmicas nos últimos meses no Congresso.
Guerra
Na quinta-feira, pelo menos 25 frentes parlamentares abriram guerra contra este deputado —entre elas, algumas das maiores e mais poderosas do Congresso. Em manifesto conjunto, afirmam que diversos setores da economia serão impactados negativamente e que as restrições fiscais aumentam a burocracia tributária.
Afirmam também que a medida do governo contraria a Lei de Responsabilidade Fiscal.
As frentes parlamentares querem até que Pacheco devolva a MP ao governo federal. Ou seja, nem aceitar que o texto tramite no Congresso, o que seria uma medida muito extrema, o que raramente acontece.
Compartilhar:
Fonte
emprestimos rio de janeiro
easycrédito empréstimo
bpc pode fazer empréstimo consignado
simulação emprestimo para aposentado
empréstimo para aposentado negativado
empréstimos noverde
valor do empréstimo
emprestimo consignado negativado