A prefeitura de São Paulo publicou portaria determinando o fechamento de parques municipais quando houver previsão de chuvas iguais ou superiores a 40 milímetros e/ou ventos de 40 km/h ou mais.
Caso a decisão ocorra após a abertura do parque municipal, os funcionários deverão levar os visitantes a locais seguros e com estruturas previamente definidas.
De acordo com a portaria, assinada pelo secretário do Verde e Meio Ambiente, Rodrigo Pimentel Pinto Ravena, procedimentos e medidas preventivas diante de eventos climáticos extremos devem ser adotados nos parques naturais municipais e nos parques urbanos municipais. A portaria entrou em vigor na data de sua publicação, no dia 21.
Ainda de acordo com a portaria, as medidas serão tomadas com base em critérios técnicos, como monitoramento de dados de precipitação, previsão do tempo e observações de campo.
Questionada sobre os números de medição estabelecidos e o que representam na prática 40 milímetros e/ou velocidades de vento acima de 40 km/h, a secretaria não se pronunciou até o momento.
Como será feito o monitoramento
A principal referência será o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da cidade de São Paulo e o monitoramento será constante, segundo a secretaria.
Se o parque já estiver aberto quando ocorrerem mudanças significativas no clima, como ventos fortes, nuvens e relâmpagos, a equipe deve orientar os visitantes para evacuarem. Depois, será feita uma fiscalização em toda a área do parque para garantir que não há mais ninguém.
As informações sobre o fechamento dos parques municipais estarão disponíveis em murais e serão divulgadas nas páginas e redes sociais da secretaria, que será responsável por informar primeiramente os parques.
Entre os motivos da medida está a constatação de que “o período correspondente às chuvas de verão aumenta consideravelmente o risco de queda de árvores e de acidentes associados às condições das trilhas internas e das áreas dos parques municipais, incluindo danos e riscos patrimoniais a bens públicos e privados”. ”, bem como a saúde e integridade física dos visitantes dos locais. Critérios relativos à umidade relativa do ar também são considerados.
Em janeiro deste ano, quatro pessoas ficaram feridas depois que uma estrutura metálica usada para manutenção da marquise do Parque Ibirapuera, na zona sul da cidade, caiu durante as chuvas que atingiram a capital. O local foi fechado ao público pela Urbia, concessionária que administra o parque.
Preventivamente, segundo o município, os funcionários do parque deverão adotar os seguintes procedimentos:
- Orientar os visitantes a abandonarem a trilha assim que perceberem alterações no clima, como ventos fortes, nuvens e relâmpagos, mesmo quando o tempo estiver estável;
- Caso perceba alterações no clima, com redução de luminosidade, raios e ventos fortes, restrinja a entrada de visitantes no parque. Explique que nesta condição há risco de queda de árvores nas trilhas e demais áreas comuns do parque;
- Caso haja visitantes no interior do parque durante uma tempestade, aconselhe-os a abrigarem-se em edifícios e locais previamente definidos;
- Caso haja visitantes na trilha, busque-os e leve-os para um abrigo;
- Instrua os visitantes sobre como estacionar veículos perto de árvores;
- Certifique-se de que todos os visitantes tenham saído do parque.
Ainda de acordo com a portaria, os parques municipais também poderão permanecer fechados no dia seguinte ao fenômeno climático, caso seja avaliado pela equipe técnica que as condições das trilhas e as condições do solo, em geral, não são seguras para utilização.
De acordo com a decisão, eventualmente, alguns parques lineares, na ausência de portaria e cercamento, não serão fechados, mas é recomendado que os visitantes deixem o local quando houver previsão de chuvas de 40 mm e/ou velocidade do vento de 40km/h.
Em caso de eventos climáticos de seca, e em decorrência de incêndios florestais, a portaria prevê a adoção dos procedimentos da Operação Fogo Zero, criada em 2017, que visa agilizar o atendimento e o combate às chamas em áreas e parques de proteção ambiental.
Critérios que serão levados em consideração:
- Observação – umidade relativa do ar entre 31 e 100%;
- Atenção – umidade relativa do ar entre 20 e 30%;
- Alerta – umidade relativa do ar entre 12 e 19%;
- Emergência – umidade relativa abaixo de 12%
“Quando estiver em estado de alerta ou emergência, a critério da equipe técnica, o parque poderá ser fechado”, afirma a portaria.
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