Cinco leitos de unidades de terapia intensiva (UTI) serão destinados, nos próximos dias, a hospitais de campanha que atendem vítimas de enchentes no Rio Grande do Sul.
Composto por leitos hospitalares, ventiladores pulmonares, monitores multiparâmetros, bombas de infusão volumétricas e suportes de bombas, os equipamentos já estão em Porto Alegre, segundo o Ministério da Saúde.
O número de mortes relacionadas às enchentes que atingiram o estado chegou a 166, segundo relatório da Defesa Civil divulgado neste sábado (25). Outras 61 pessoas estão desaparecidas e 806 ficaram feridas devido às tempestades.
Os equipamentos deverão ser distribuídos aos três hospitais de campanha em funcionamento, localizados nos municípios de Canoas, Porto Alegre e São Leopoldo, e também ao hospital de campanha de Novo Hamburgo, que começou a funcionar neste sábado.
Ao todo, seis médicos, três enfermeiros e técnicos de enfermagem prestarão atendimento 24 horas em Novo Hamburgo. A nova unidade tem capacidade para realizar entre 150 e 200 atendimentos por dia.
“Os novos leitos de UTI serão importantes para garantir a segurança dos profissionais e pacientes que necessitam de manejo e cuidados críticos”, destacou o ministério, citando a importância de garantir um atendimento integral e uma assistência continuada de forma segura.
Serviços
Dados do ministério indicam que, desde o dia 5 de maio, profissionais da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) do Rio Grande do Sul realizaram mais de 5,8 mil consultas em resposta aos impactos das enchentes na região.
O hospital de campanha de Canoas registrou 2,8 mil atendimentos, enquanto a unidade de Porto Alegre registrou 970 e a unidade de São Leopoldo, 221.
“Além disso, as equipes móveis também atenderam 1.600 pessoas, realizaram 60 evacuações aéreas e 192 atendimentos psicossociais”, informou o ministério.
Novos voluntários
Também neste sábado, 40 novos voluntários da Força Nacional do SUS chegaram ao Rio Grande do Sul para reforçar os serviços e ampliar o atendimento à saúde no estado.
O grupo é formado por médicos emergencistas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e integrou a equipe, promovendo a troca de profissionais e a inclusão de novas categorias, como técnicos de enfermagem, para diversificar e ampliar a capacidade de atendimento nos hospitais. campanha.
“A chegada dos novos profissionais visa permitir que equipes móveis, formadas por médicos e enfermeiros, possam atuar simultaneamente em localidades classificadas como prioritárias no estado”, informou o ministério.
O Exército vai refazer as passarelas flutuantes para pedestres que foram instaladas nos rios do Vale do Taquari, no Rio Grande do Sul.
As pontes originais foram destruídas pelas correntes provocadas pelas primeiras chuvas e o Exército improvisou as travessias – como são chamadas as travessias improvisadas com passarelas de madeira em barcos. Essas faixas de pedestres, por sua vez, cederam com as fortes chuvas da última quinta-feira (23).
“Menos de 24 horas após o desabamento de três passarelas flutuantes, unidades de Engenharia do Exército se mobilizaram rapidamente e enviaram novas estruturas para substituir e garantir o bem-estar da comunidade”, informou o órgão.
As novas travessias partem de unidades militares de São Borja (RS), Tubarão (SC) e Palmas (PR) e serão instaladas assim que as condições de segurança fluvial e climática permitirem. O rompimento ocorreu nas travessias entre Lajeado e Arroio do Meio, localizadas no Rio Forqueta; e em Candelária, em Rio Pardo.
Neste sábado (25), os militares começaram a cruzar moradores em barcos, restabelecendo o fluxo na área.
“A colocação das novas travessias depende ainda da melhoria das actuais condições do rio”, informou.
Segundo denúncias recebidas pelo órgão, integrantes da Defesa Civil municipal estavam arrecadando doações para beneficiar futuros eleitores.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do MP-RS cumpriu nove mandados de busca e apreensão contra três agentes públicos.
A investigação investiga os crimes de peculato, peculato e associação criminosa durante estado de calamidade pública. A Defesa Civil municipal afastou temporariamente os três integrantes, mas eles ainda podem exercer outras funções públicas.