O Rio Grande do Sul atingiu a marca de 166 mortes relacionadas às enchentes que atingiram o estado. A atualização foi feita pela Defesa Civil estadual no balanço divulgado no início da noite deste sábado (25). Outras 61 pessoas estão desaparecidas e 806 ficaram feridas devido às tempestades.
Segundo o boletim, 2.345.400 pessoas foram afetadas pelas chuvas em 469 municípios gaúchos. No total, 581.638 estão desabrigados e outros 55.791 estão em abrigos temporários. As forças de segurança do Estado já resgataram 77.639 vítimas e 12.497 animais desde o início das inundações.
Níveis do rio
Segundo dados de monitoramento do governo do Rio Grande do Sul, até as 17h deste sábado (25), quatro dos sete rios do estado ainda estão acima do nível de cheia.
Veja números:
- Rio Guaíba (Porto Alegre) – 4,09 metros (nível de cheia: 3 metros);
- Rio dos Sinos (São Leopoldo) – 4,76 metros (nível de inundação: 4,5 metros);
- Rio Gravataí (Passo das Canoas) – 5,40 metros (nível de cheia: 4,75 metros);
- Rio Taquari (Muçum) – 6,04 metros (nível de cheia: 18 metros);
- Rio Caí (Feliz) – 3,69 metros (nível de cheia: 9 metros);
- Rio Uruguai (Uruguaiana) – 8,37 metros (nível de inundação: 8,50 metros);
- Lagoa dos Patos (Laranjal) – 2,07 metros (nível de inundação: 1,30 metros).
Maio mais chuvoso na capital
Segundo dados preliminares do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), o mês de maio de 2024 é o mais chuvoso da história em Porto Alegre, com precipitação acumulada de 477,6mm.
O número supera maio de 1941 – até então o mês mais chuvoso de maio -, quando foram registrados 405,5mm. E também é superior a setembro de 2023, quando foram registrados 447,3 mm, considerado o mês mais chuvoso na capital gaúcha desde 1916.
Meses mais chuvosos:
- 477,2 mm maio de 2024 (número preliminar);
- 447,3 mm setembro de 2023;
- 405,5 mm, maio de 1941;
- 403,6 mm, junho de 1944;
- 386,6 mm, abril de 1941;
- 365,6 de junho de 1982.
-
1 em 12
-
dois em 12
Avenida Ipiranga, no bairro Praia de Belas, em Porto Alegre (RS)
Crédito: CNN
-
3 em 12
Centro de treinamento do Internacional submerso durante enchentes em Porto Alegre (RS)
Crédito: CNN
-
4 em 12
Inundações no entorno do estádio Beira-Rio, em Porto Alegre (RS)
Crédito: CNN
-
5 em 12
Gramado do estádio Beira-Rio após ficar coberto de água em Porto Alegre (RS)
Crédito: CNN
-
6 em 12
Avenida Aureliano de Figueiredo Pinto, no bairro Praia de Belas, em Porto Alegre (RS)
Crédito: CNN
-
7 em 12
Pista do aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), coberta por água
Crédito: CNN
-
8 em 12
Alagamentos no entorno da Arena do Grêmio, em Porto Alegre
Crédito: CNN
-
9 em 12
Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), foi tomado por água
Crédito: CNN
-
10 em 12
Avenida Voluntários da Pátria, no bairro Farrapos, em Porto Alegre (RS), tomada por água
Crédito: CNN
-
11 em 12
Centro de Treinamento do Grêmio, em Porto Alegre (RS), foi coberto pela água
Crédito: CNN
-
12 em 12
Centro de Treinamento do Grêmio, em Porto Alegre (RS), foi coberto pela água
Crédito: CNN
Para domingo (26), segundo o Climatempo, a previsão é de tempo firme, com sol entre nuvens e frio.
Porém, a partir desta segunda-feira (27), a Sala de Situação do governo estadual projeta o retorno de chuvas e ventos ocasionalmente fortes, com possibilidade de descargas elétricas na metade sul, norte e leste do estado do Rio Grande do Sul.
Os acúmulos podem chegar a 60mm/dia no Sul, Costa Doce, região dos Vales, Nordeste, região metropolitana de Porto Alegre e litoral.
A previsão indica que as fortes chuvas pontuais continuarão no litoral do Rio Grande do Sul na terça-feira (28). Os ventos sudoeste/sul deverão ganhar força, sendo que na região leste poderão ocorrer rajadas acima de 60km/h.
O tempo pode permanecer instável nesta quarta-feira (29) em toda a faixa leste. Um ciclone extratropical em alto mar pode causar uma tempestade na costa do estado.
