Na manhã desta quinta-feira (23), a Polícia Federal deflagrou a 2ª fase da Operação Metamorfose para desmantelar uma organização criminosa especializada em cometer fraudes contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
Na ação de hoje, cerca de 50 policiais federais cumprem oito mandados de prisão preventiva, um mandado de prisão temporária e nove mandados de busca e apreensão contra investigados suspeitos de chefiar a quadrilha, no Rio de Janeiro, em Nilópolis (RJ) e Mesquita (RJ). .
A investigação começou no início do ano passado e culminou com o lançamento da primeira fase da operação, quando foram detidas 19 pessoas e cumpridos 18 mandados de busca e apreensão.
Segundo a PF, integrantes do grupo criminoso representavam legalmente beneficiários “fantasmas”.
A investigação mostra que a quadrilha investigada causou um prejuízo de aproximadamente R$ 8 milhões à Previdência, e os valores poderiam chegar a R$ 12,3 milhões caso as fraudes continuassem.
O esquema
A quadrilha investigada atua fazendo pedidos de benefícios previdenciários em nome de pessoas “fictícias”, ou reativando benefícios de pessoas já falecidas, mas que tinham altos valores pagos pelo INSS retidos em conta.
A PF afirma que benefícios como pensão por morte e BPC-LOAS (benefício de continuidade para idosos de baixa renda) foram fraudados. O grupo obteve sucesso nas práticas criminosas devido ao trabalho de advogados qualificados como representantes legais de titulares “fantasmas” ou falecidos.
Uma vez concedido o benefício, esses advogados abriram contas em agências bancárias, efetuaram saques e retiraram o cartão magnético para saques futuros. Verificou-se, assim, que além de atuarem como procuradores de pessoas “fictícias”, os criminosos se apresentavam ao INSS como se fossem outra pessoa, pois alguns integrantes da quadrilha forjavam suas próprias identidades.
Os criminosos responderão, entre outros crimes, pelos crimes de organização criminosa, fraude previdenciária, peculato eletrônico, falsidade ideológica, falsificação e utilização de documentos falsos. Se somadas, as penas podem chegar a 36 anos e 8 meses de prisão.
A operação é apoiada pelo Centro de Inteligência do Estado do Ministério da Previdência Social.
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