O Disque-Denúncia do Rio de Janeiro divulgou, nesta quarta-feira (22), um cartaz em busca de informações que possam ajudar a esclarecer o caso do desaparecimento da advogada Anic de Almeida Peixoto Herdy, de 54 anos, que não é vista há quase três meses. Veja a imagem abaixo.
A família chegou a pagar um resgate no valor de R$ 4,6 milhões aos supostos sequestradores.
Ela foi vista pela última vez no estacionamento de um shopping, na cidade de Petrópolis, enquanto caminhava em direção a um veículo modelo Jeep Compass preto, no dia 29 de fevereiro.
No dia 14, quatro pessoas envolvidas no caso, entre elas Lourival Correa Netto Fadiga, conhecido como Gordo, foram denunciadas à Justiça pela Promotoria de Investigação Criminal de Petrópolis. Os acusados tiveram a prisão preventiva decretada nesta segunda-feira (20).
Após investigações, a Polícia Civil do Rio de Janeiro apontou os quatro como suspeitos de envolvimento no crime de extorsão por meio de sequestro. A investigação começou no dia 14 de março, quando o desaparecimento do advogado foi comunicado à delegacia.
Planejamento criminal
Segundo a denúncia, “Gordo” era funcionário da família da vítima há cerca de três anos e premeditou o crime, para o qual contou com a ajuda dos filhos e de uma mulher com quem mantinha relações. A ideia de não levar o caso à polícia teria partido dele.
O suposto autor do crime abordou a família de Anic apresentando-se como policial federal, o que foi negado durante as investigações, e passou a prestar segurança pessoal a alguns familiares.
O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) aponta que “Gordo” teve acesso aos cartões de crédito e senhas utilizadas por seus chefes.
Após investigações, a polícia e o MPRJ identificaram a funcionária da família como beneficiária do valor pago como resgate pelo marido de Anic aos sequestradores.
Ainda segundo a denúncia, os quatro presos adquiriram um carro de luxo, avaliado em R$ 500 mil, no dia em que foi realizado o suposto pagamento do resgate. O veículo foi pago em dinheiro.
Autoridades suspeitam de assassinato
Até o momento da publicação desta reportagem, a vítima não havia sido liberada e seu paradeiro era desconhecido. A possibilidade de ter havido homicídio não está descartada.
“A linha de investigação do Ministério Público e da 105ª Delegacia aponta suspeitas de que a vítima sequestrada tenha sido assassinada pelo grupo e teve seu corpo escondido, razão pela qual as investigações seguirão em procedimento investigativo criminal próprio. Há também indícios de crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas que serão devidamente investigados”, disse o MP em nota.
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