Cerca de 100 bombas de propulsão de água podem ajudar cidades gaúchas a enfrentar a maior enchente da história do estado. Os equipamentos estão sendo alugados e emprestados pela Sabesp, Casan, Corsan, empresários e produtores de arroz.
A capacidade das bombas varia de acordo com a sua potência. Bombas emprestadas dos produtores de arroz são usadas para irrigar a plantação. Já foram instalados dois, um com capacidade de bombear 500 litros de água por segundo e outro com capacidade de escoar 800 litros por segundo, ambos em Porto Alegre. Mas existem bombas menores, com capacidade de 80 litros por segundo.
Uma reunião será realizada às 11h desta segunda-feira (20), para acertar o envio de novas bombas. O setor afirma ter até 50 equipamentos para ajudar no alívio das enchentes e vai providenciar a instalação com a Secretaria Municipal de Águas e Esgotos (Dmae) da capital gaúcha. Também na manhã desta segunda-feira, autoridades canoenses se reunirão com produtores rurais.
As bombas emprestadas pela Sabesp são mais potentes, bombeando até 2,5 mil litros de água por segundo. Eles têm 4 metros de largura e 4 metros de comprimento. O duto de saída tem 60 milímetros de diâmetro. Abaixo, dois pontos de sucção retiram a água do local onde as estruturas são colocadas. Veja a imagem:
A vantagem das bombas Sabesp é o fato de serem flutuantes, sem necessariamente necessitarem de estrutura fixa, o que permite sua instalação em áreas alagadas com mais facilidade.
No total, a empresa paulista prometeu entregar 19 bombas para municípios gaúchos. Destes, nove vão para Porto Alegre, oito para Canoas e o último para Novo Hamburgo.
O maior desafio é o facto das bombas estarem ligadas à eletricidade. Justamente por isso, não basta apenas instalá-los isoladamente, eles precisam de um gerador próximo, que alimente a estrutura.
Nesse quesito, levam vantagem as bombas da Corsan (Companhia Riograndense de Saneamento), emprestada à Canoas. Eles são movidos a óleo diesel e possuem motor próprio, o que significa que não há necessidade de conexão à rede elétrica.
Os dutos também possuem medidas diferentes. As tubulações que saem das bombas da Sabesp chegam a cerca de 40 metros. Os utilizados pelos produtores de arroz são mais curtos, com dois ou três metros de comprimento. Os engenheiros do Dmae estudam fazer conexões que possam estender as tubulações.
A geografia de Canoas também é um desafio. “Tem lugares com água represada, que não vai sair por causa da gravidade. Precisaremos retirá-lo mecanicamente, mas o acesso aos locais não é favorável. Nesta segunda-feira farei uma vistoria com nossa equipe para mapear essas áreas e pensar em alternativas”, disse o secretário de Obras de Canoas, Guido Bamberg, à CNN.
A cidade alugou bombas de diversos fornecedores no Brasil e até na Argentina. As importações devem chegar na próxima quarta-feira (22/5) de Buenos Aires. Os equipamentos alugados têm capacidade de bombear de 500 a 3 mil litros por segundo.
As aproximadamente 100 bombas funcionam como casas de bombas urbanas danificadas pelas enchentes. Porto Alegre possui 23 casas de bombas, das quais apenas nove estão em operação. Canoas tem oito, mas seis foram prejudicados.
A expectativa da prefeitura é reiniciar nesta segunda-feira a sala de bombas número 8, que tem vazão de 7,5 mil litros por segundo.
A estrutura permanente das cidades foi construída para ajudar a evitar enchentes, mas o volume de chuvas fez com que essa estrutura não respondesse adequadamente, pois parte dela foi desligada devido ao risco de curto-circuito e outra parte acabou inundada, perdendo sua capacidade. efeito.
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