O governo do Rio Grande do Sul detalhou na manhã desta sexta-feira (17) o plano de construção de quatro cidades provisórias na Grande Porto Alegre para abrigar famílias que tiveram que deixar suas casas devido às enchentes no estado.
Segundo o vice-governador Gabriel Souza, esses espaços são “locais mais adequados, porém temporários, para que, por um tempo, as pessoas possam ser acomodadas em locais com mais dignidade e conforto para si e seus familiares”.
As cidades escolhidas para receber esses equipamentos, segundo o vice-governador, são aquelas onde há cerca de 65% da população no que o estado considera “moradias precárias”. São elas: Canoas, Porto Alegre, São Leopoldo e Guaíba.
O objetivo dessas cidades temporárias é garantir que espaços que foram improvisados como abrigos – como escolas, universidades e academias – possam, aos poucos, ser liberados para que retornem à sua funcionalidade original.
“São estruturas temporárias. Durante algumas semanas eles poderão estar trabalhando para receber pessoas. Esses modelos possuem quartos, divisórias, banheiros, chuveiros e toda a estrutura. Possuem proteção térmica e possibilidade de impermeabilização, portanto não haverá problema de infiltração caso haja chuva”, explicou Souza.
O vice-governador explicou que será necessária a contratação de uma empresa para a instalação dessas cidades provisórias. A contratação, segundo ele, poderá ser finalizada já na próxima semana. Após a assinatura do contrato, a montagem dos espaços levaria de 15 a 20 dias após a entrega dos materiais pelos fornecedores.
Como funcionarão as cidades temporárias
Onde eles estarão
Canoas
Local: Centro Olímpico
Endereço: Avenida Araguaia, 1151, bairro Igara
Área para instalação de abrigos: 15 mil metros quadrados
Porto Alegre
Local: Complexo Cultural Porto Seco
Endereço: Rua Hermes de Souza, s/n, bairro Santa Rosa de Lima
Área para instalação de abrigos: 30 mil metros quadrados
São Leopoldo
Local: Centro de Eventos
Endereço: Avenida São Borja, 1860, bairro Rio Branco
Área para instalação de abrigos: 3.420 metros quadrados
Guaíba
Área ainda não identificada.
Estrutura necessária
- Administração
- Armazém
- Assistência médica (posto de saúde)
- Brinquedoteca medindo pelo menos 40 metros quadrados
- Espaços para animais de estimação
- Chuveiros e sanitários fora do espaço (não sanitários químicos)
- Cozinha comunitária
- Dormitórios – se possível, individualizados por família
- Espaço polivalente (televisão e computadores)
- Vestiário, área de amamentação e berçário
- Lavanderia coletiva
- Refeitório
- Espaço para a equipe de suporte
- Triagem
- Assistência Social
Por quanto tempo essas estruturas funcionarão?
O contrato prevê seis meses de operação, período que pode ser renovado por mais meio ano.
O que será feito a seguir
O governo do Rio Grande do Sul definiu um modelo de unidades habitacionais permanentes e de rápida implementação para atender as pessoas que perderam suas casas.
Um desses modelos habitacionais, já aprovado, tem 44 metros quadrados e contará com 250 unidades construídas no Vale do Taquari a partir de 21 de maio. O prazo estimado para montagem dessas casas é de 120 dias a partir do início das obras.
Outro modelo é denominado módulo de habitação temporária transportável. São 27 metros quadrados e, segundo o governo, é possível entregar 200 unidades em 30 dias após localizar o terreno e viabilizar estruturas básicas como água, esgoto e energia elétrica. “Estamos realizando uma licitação emergencial para contratação de 500 unidades”, disse o vice-governador. As unidades, afirma Souza, serão entregues com móveis e eletrodomésticos.
Por fim, o governo pretende contratar, no prazo de 40 dias, 2.500 unidades habitacionais de 53 metros quadrados. Estas moradias terão dois quartos, uma sala com cozinha e uma casa de banho. Com o terreno pronto e a infraestrutura necessária instalada, a estimativa é que as casas sejam entregues em até 90 dias.
Compartilhar: