Preso aos 80 anos, a defesa do ex-médico Roger Abdelmassih, condenado a mais de 100 anos de prisão por estuprar 37 pacientes, pediu habeas corpus à Justiça para que ele cumpra pena em “prisão domiciliar humanitária”.
Em agosto do ano passado, Larissa Sacco Abdelmassih, esposa de Roger, ex-procuradora e advogada, entrou com pedido semelhante no Juizado de Execuções Penais de São José dos Campos, no interior de São Paulo, que acabou negado.
Larissa baseou o pedido em laudos médicos e no laudo da Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo, onde cumpre pena o homem condenado por estuprar pacientes que tentavam engravidar.
Ele está preso desde 2021, quando sua prisão domiciliar foi revogada pela Justiça.
Na época, a Quinta Turma do STJ negou o pedido da defesa, que havia tentado revogar a decisão.
“O requerente baseia a sua alegação num alegado agravamento do seu estado de saúde, lembrando que é portador de hipertensão arterial crónica, doença coronária aterosclerótica crónica, hiperplasia prostática benigna e diverticulite, condição que considera representar um risco significativo para a sua vida e que requer cuidados específicos , que afirma não serem possíveis na prisão”, diz trecho do pedido.
Além disso, no documento obtido pela reportagem, a defesa menciona que Roger está “em cuidados paliativos”.
No entanto, um médico perito rejeitou as alegações da defesa e disse que o ex-médico “está estável, faz uso regular de medicação e com insuficiência cardíaca controlada”.

Após o negativo, o ex-procurador da República entrou com pedido de liminar no Tribunal de Justiça de São Paulo, onde também foi negado, alegando que Roger “está estável e faz uso regular de medicamentos”.
Após os reveses, o ex-procurador da República apresentou o mesmo pedido em instância superior, no Superior Tribunal de Justiça, alegando “risco de morte iminente”.
No STJ, o pedido de Larissa foi inicialmente “categoricamente rejeitado”, sendo negado, pois o relator havia entendido que não seria o caso para análise do STJ, pois não haveria constrangimento ilegal, que é quando a autoridade restringe a liberdade a outra, não havendo formalidade do ato, e que o Tribunal de Justiça de São Paulo ainda não se pronunciou sobre o assunto.
A defesa, porém, interpôs recurso contra a decisão monocrática, ou seja, de apenas um juiz, pedindo reconsideração, e novamente análise do caso.
Em nota, o tribunal afirmou que o relator solicitou informações ao TJSP e ao tribunal de execução sobre seu atual estado de saúde e as medidas adotadas pelo estabelecimento prisional para seu tratamento médico.
Portanto, ainda não há uma decisão final, e Abdelmassih, por enquanto, deve continuar cumprindo pena de 173 anos atrás das grades.
Por telefone, a empresária Ivani Serebrenic, uma das vítimas de Roger, disse CNN que o facto de estar livre “é lamentável” e que “enquanto estiver na prisão, a justiça está a ser feita”.
Segundo ela, “a dor é tão grande, mas fica um pouco mais fácil saber que ele está preso”.
O CNN procurou a defesa do ex-médico, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
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