Praticamente 30 anos depois da prisão de Francisco de Assis Pereira, conhecido como Maníaco do Parque, um novo livro revela detalhes inéditos sobre a vida do serial killer condenado pela morte de sete mulheres e pelo estupro de mais de uma dezena de jovens.
A publicação “Francisco de Assis, O Maníaco do Parque”, escrita pelo jornalista Ullisses Campbell, tornou-se o segundo livro mais vendido no Brasil no gênero não-ficção, superando o primeiro sucesso do autor sobre o crime de Suzane von Richthofen.
Em entrevista com CNNCampbell detalha a personalidade de Francisco que passou despercebido como serial killer. “Ele era invisível, como todos os psicopatas, muito elogioso. Muito educado, empático, nem parece o Maníaco do Parque, uma pessoa agradável com as mulheres”.
Em relação ao sucesso, o autor destaca o medo e a curiosidade coletivos. “Porque Suzane matou o pai dela, não os outros. São crimes familiares, representam menos riscos para a sociedade. Francisco é um serial killer, saiu pelas ruas de São Paulo em busca de vítimas para matar e torturar”.
“O grande trunfo deste livro, na minha opinião, é que não é um livro sobre o crime, mas sim sobre a construção da personalidade assassina. O início com o descaso familiar, o bullying na escola, o trabalho com violência e a infância com meu avô que fazia rituais e bebia sangue de animais… Quando a mãe de Francisco estava grávida, seu avô disse que ela daria à luz o bebê do diabo”, comenta o jornalista.
Campbell, especializado em crimes reais, baseia seu trabalho em conversas com sobreviventes, entrevistas com familiares das vítimas e uma análise aprofundada de 20 mil páginas de casos criminais e relatórios de exames criminais.
“Em seu processo criminal, a data prevista de soltura é agosto de 2028. Mas não é tão simples. Serão baterias de exames psicológicos, além de laudos de psiquiatras para a justiça, indicando se ele cometerá novos crimes ou não.”
Num dos testes realizados a que o autor teve acesso, descobriu-se que Francisco não se identificava com o género masculino e tinha conflitos internos sobre o assunto.
Durante o processo de escrita do livro, Campbell diz que teve pesadelos com lugares que Francisco visitou durante sua vida. “Há uma passagem no livro que se passa num matadouro, onde Francisco trabalhava num matadouro, matando gado com dois golpes de martelo, método utilizado na época. Visitei o local e acompanhei o caminho que o animal faria até o sacrifício. Eu nunca tinha visto isso antes, senti algo muito diferente, comecei a ter pesadelos”.
O livro cita uma entrevista com o delegado Sérgio Luís da Silva Alves, onde Francisco admitiu que, se não tivesse sido preso, continuaria matando mulheres, alegando sentir uma força maligna crescente.
A relação com a família nunca foi das melhores, Francisco era o filho do meio e ficou com o avô em São José do Rio Preto, sua terra natal, mas às vezes voltava para a casa da mãe em São Paulo. “Ele foi e voltou 28 vezes, é rejeitado pela família. Ele molhou a cama até os 15 anos, o que incomodou os irmãos. Ele continuou indo e vindo até os 18 anos, quando ingressou no exército”, finaliza o autor.
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