O sudoeste da Amazônia tornou-se a região do mundo que mais emitiu gases de efeito estufa nos últimos cinco dias, segundo dados do programa Copernicus da União Europeia. A informação foi divulgada pelo biólogo e pesquisador Lucas Ferrante, da USP e da Universidade Federal do Amazonas, em entrevista ao CNN.
Segundo Ferrante, o aumento alarmante das emissões está diretamente relacionado à concentração de queimadas, principalmente ao longo das rodovias BR-163, BR-364, BR-230 (Transamazônica) e BR-319, que ligam Porto Velho a Manaus.
Incêndio criminoso e seus impactos
A pesquisadora ressalta que esses incêndios são, em sua maioria, de origem criminosa e ocorrem em proporções desproporcionais, que o governo federal não consegue controlar.
A fumaça já está se espalhando para países vizinhos como Peru e Bolívia, além de afetar as regiões Sul e Sudeste do Brasil.
“Estamos falando da maior floresta tropical úmida do mundo, que tem essa seca intensificada pelas mudanças climáticas, e por causa desses incêndios criminosos, começa a emitir essa fuligem, monóxido de carbono e aerossóis, dióxido de carbono, afetando toda a população do país. o mundo. Brasil”, explica Ferrante.
Rodovias e desmatamento
O pesquisador critica a decisão do governo de avançar com obras em trechos de rodovias da Amazônia, especialmente a BR-319, argumentando que essas ações podem agravar ainda mais a situação.
Segundo ele, estudos mostram que não há contingente suficiente no Brasil para monitorar as queimadas e o desmatamento caso a rodovia seja pavimentada.
“O desmatamento gerado de 2015 até este ano, apenas por causa da licença de manutenção da rodovia, abriu mais de seis vezes a extensão da rodovia para ramais ilegais. Para fiscalizarmos essa área seriam necessários mais de quatro anos”, afirma.
Riscos para a saúde pública
Ferrante também alerta para os riscos à saúde pública associados ao desmatamento na região. Num estudo recente publicado no The Lancet, ele e a sua equipa demonstraram que o bloco florestal afetado é o maior reservatório zoonótico do planeta.
“Se for aberto, entraremos em contato com um grande número de patógenos. Bactérias, fungos, príons. Então isto poderá dar origem não só a uma nova pandemia, mas a uma sequência de novas pandemias globais”, alerta o investigador.
Diante desse cenário crítico, Ferrante defende a suspensão imediata de obras e licenças de manutenção de rodovias da região, além de fiscalização mais rigorosa para conter a propagação do desmatamento e das queimadas na Amazônia.
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