Gustavo Metropoloex-aluno da Fundação Getulio Vargas (FGV), foi condenado em bases criminais e cíveis pelo crime de racismo cometido em um grupo de WhatsApp contra um colega negro de universidade, em 2018.
Na ocasião, o jovem negro João Gilberto Lima, estudante de administração pública da Fundação Getúlio Vargas (FGV), em São Paulo, foi fotografado no ambiente da faculdade e a imagem foi compartilhada em grupos de mensagens de alunos.
A foto foi compartilhada junto com os dizeres: “Encontrei esse escravo aqui na fumaria! Quem o possui irá informá-lo!” No episódio, o comentário racista partiu de Gustavo Metropolo, também estudante da universidade.
Após o incidente, João Gilberto recorreu ao Centro de Estudos das Relações e Desigualdades de Trabalho (Ceert), com a ajuda do advogado Daniel Bento Teixeira, para representá-lo em um processo movido contra Metrópolo pelo crime de racismo.
Com a repercussão do caso e o andamento do processo, Metrópolo teria alegado na época que seu celular foi roubado e que, portanto, não poderia ser o autor do comentário racista.
Posteriormente, por meio de provas apresentadas pela defesa da vítima, ficou comprovado que o estudante era de fato o autor da postagem e do comentário, segundo o Ceert.
Em nota, a FGV afirmou que “na ocasião, a FGV-EAESP abriu os devidos procedimentos disciplinares internos, mas o Sr. Gustavo Metropolo deixou a escola imediatamente após o incidente e não retornou desde então”.
A instituição de ensino disse ainda que o procedimento visa apurar os fatos e aplicar a medida cabível, que poderá levar à expulsão.
“Se as estruturas e as pessoas brancas não contavam com a nossa presença, agora não só são obrigadas a lidar com isso, mas também a responder criminalmente pelo racismo que carregam livremente há tanto tempo”, afirmou o Coletivo Negro 20 de Novembro FGV, três anos após o caso.
Entenda o processo
Na ação criminal, Metrópolo foi condenado em primeira instância à pena de dois anos e quatro meses de prisão, além de 23 (vinte e três) dias de multa.
Contudo, a pena foi substituída por duas penas restritivas dos direitos de prestação de serviços à comunidade e uma pena pecuniária de 5 salários mínimos a favor da vítima (sem prejuízo de indemnização na justiça cível), pelos crimes de racismo e injúria racial.
Posteriormente, em segunda instância, o Tribunal de Justiça de São Paulo reformou parcialmente a decisão, restabelecendo a pena em dois anos de reclusão e dez dias-multa, no valor de meio salário mínimo por cada dia-multa.
A substituição da pena privativa de liberdade foi então mantida pelas duas penas restritivas do direito de prestação de serviços à comunidade e uma pena pecuniária de 5 salários mínimos a favor da vítima (sem prejuízo da indemnização na justiça cível).
Na Vara Cível, Gustavo também foi condenado em primeira instância ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 30.000,00 e danos materiais no valor de R$ 13.980,00, valores gastos por João Gilberto com assistência médica e psicológica.
Os advogados do CEERT pediram aumento do valor e o recurso foi parcialmente provido e aumentado para R$ 50.000,00 por danos morais.
Gustavo agora também foi condenado na esfera administrativa. Segundo a Secretaria de Justiça e Cidadania (SJC), o ex-aluno da FGV foi punido em primeira instância, na esfera administrativa, com multa de R$ 100 mil pelo crime.
“Quando somamos os valores das indenizações e das sanções financeiras, chegamos a uma pena total de R$ 120.977,34”, afirmou o Centro de Estudos das Relações e Desigualdades do Trabalho (Ceert).
O órgão, por meio da Comissão Especial de Discriminação Racial, é responsável por investigar e punir atos discriminatórios de acordo com a lei estadual de São Paulo, 14.187/2010, que prevê sanções administrativas para qualquer pessoa física ou jurídica que pratique atos de discriminação racial. .
A defesa de Metrópolo apresentou pedido de recurso da condenação, que atualmente está em análise, sob sigilo judicial.
O CNN tenta contato com a vítima, João Gilberto Lima, e com a Defesa de Gustavo Metropolo.
Procurado, o Tribunal de Justiça de São Paulo ainda não respondeu ao caso com informações sobre a condenação.
*Sob supervisão
o que emprestimo consignado
emprestimo consignado manaus
como funciona o emprestimo consignado
o que é emprestimo consignado
juros empréstimo consignado
financeira bmg telefone
o que empréstimo consignado
empréstimo servidor público
emprestimos bh
empréstimos bh
emprestimo consignado publico
emprestimos consignados o que é