O promotor Juliano Atoji, do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de São Paulo, revelou detalhes sobre a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) na Cracolândia, região central da capital paulista. Em entrevista com CNN Brasil, Atoji descreveu um complexo “ecossistema criminoso” que se estabeleceu na área, aproveitando a vulnerabilidade dos usuários de drogas e a negligência histórica das autoridades públicas.
Segundo o promotor, o PCC viu uma “oportunidade única” para estabelecer diversas atividades criminosas na Cracolândia a partir da década de 2000, com a introdução do crack na década de 90. O esquema não se limita apenas ao tráfico de drogas, mas abrange também a exploração de hotéis, ferros-velhos, recepção de peças de veículos e celulares, além da exploração de jogos de azar ilegais.
Corrupção e milícia
O domínio do crime na região levou à formação de uma milícia formada por guardas civis metropolitanos, que extorquiam os comerciantes locais. Atoji destacou que esses agentes públicos trabalhavam em horário comercial, direcionando o fluxo de usuários para estabelecimentos que não contribuíam com a mensalidade exigida pela organização criminosa.
A investigação do Gaeco já resultou em três denúncias apresentadas na Justiça. A primeira trata do comércio ilegal de armas de fogo, liderado por guardas civis metropolitanos. A segunda aborda a milícia que praticava extorsão contra comerciantes. A terceira denúncia se concentra na “sede” do PCC na região, localizada na comunidade conhecida como Favela do Moinho.
Infiltração em autoridades públicas
Atoji alertou sobre a tendência do PCC de se expandir para contratos públicos e organizações sociais. Segundo ele, a organização criminosa busca se infiltrar em atividades que facilitem a lavagem de dinheiro, como grandes contratos administrativos. O procurador defendeu a implementação de mecanismos de compliance nas instituições públicas para impedir a participação de pessoas ligadas ao crime organizado em licitações.
As ações do PCC na Cracolândia destacam a complexidade do problema e a necessidade de uma abordagem multifacetada para combater o crime organizado e atender às necessidades de saúde pública na região. As investigações em andamento prometem revelar mais detalhes sobre a extensão da influência da organização criminosa não só na Cracolândia, mas também em outras esferas do poder público.
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