As operações no porto de Santos (SP), o maior da América Latina, foram suspensas por cerca de sete horas na manhã desta quinta-feira (22) devido à forte neblina que prejudicou a visibilidade no litoral paulista.
Segundo a Capitania dos Portos de São Paulo, o terminal foi fechado a partir das 4h50, quando a visibilidade da navegação permanecia abaixo de 500 metros. A operação foi retomada às 12h10, momento em que a visibilidade já era superior a 1.000 metros.
As condições climáticas também provocaram a interrupção da operação da balsa entre Santos e Guarujá, que ficou fechada entre 4h10 e 9h36.
Entre as oito travessias do litoral paulista, outras duas também foram interrompidas:
- A travessia entre Santos e Vicente de Carvalho foi interrompida às 5h10, com retomada das operações às 9h06. Atualmente opera com duas embarcações, com intervalo de 20 minutos entre elas.
- A travessia entre Bertioga e Guarujá teve sua primeira interrupção às 7h20, retornando às 8h20; e a segunda às 8h29, retomando às 8h56. Neste momento a travessia funciona com uma embarcação, com tempo médio de espera de 40 minutos.
A diretora do Departamento de Hidrovias do Estado de São Paulo, Jamille Consulin, afirma que é fundamental considerar as condições climáticas e seguir os protocolos estabelecidos para evitar qualquer tipo de acidente grave.
Segundo o Centro de Controle Operacional (CCO) do Departamento de Hidrovias, 90% das paralisações ocorridas entre o início de julho e a primeira quinzena de agosto foram causadas por fortes neblinas e nevoeiros que afetaram as regiões das oito travessias costeiras.
Nevoeiro e neblina: qual a diferença?
Os fenômenos meteorológicos conhecidos como neblina e neblina são responsáveis por causar a redução da visibilidade durante a navegação, o que pode representar desafios para operações seguras.
A diferença entre eles está principalmente na densidade, diretamente relacionada à visibilidade que proporcionam. Portanto, o nevoeiro é mais denso e ocorre com maior frequência nas primeiras horas da manhã, o que reduz a visibilidade de forma mais significativa.
Já o nevoeiro tem menor densidade e, embora também afete a visibilidade, permite uma visão mais nítida quando comparado ao nevoeiro. Para André Gomes Penaforte, meteorologista da Defesa Civil de São Paulo, ambos os fenômenos são resultados da combinação de diversos fatores meteorológicos, como a umidade do oceano em contato com o relevo, temperaturas ambientes mais elevadas e temperatura oceânica acima da média.
“Tudo isso acaba formando neblina no litoral do Estado de São Paulo, interferindo nas práticas marítimas”, destacou Penaforte.
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