O Superior Tribunal Militar (STM) condenou, nesta quinta-feira (15), uma mulher suspeita de cometer fraude ao sistema previdenciário do Exército Brasileiro. Em 2002, ela se casou com um major do Exército aposentado, 43 anos mais velho que ela, para herdar uma pensão militar.
O homem, porém, era sogro da acusada, além de avô do filho dela. No momento do incidente, ele estava com câncer de próstata em estágio avançado e faleceu exatamente um ano após o casamento, em outubro de 2003.
Um mês após a morte do reformado, a arguida apresentou um pedido de elegibilidade à pensão e apresentou-se como viúva do homem. A partir de então, ela passou a receber mensalmente o valor integral do benefício.
O caso é semelhante ao de outro ensaio STM, relatado esta semana pela CNNque manteve a condenação de uma mulher recifense.
Reclamação
Em abril de 2022, em Porto Alegre (RS), o Ministério Público Militar apresentou a denúncia contra a mulher ao Tribunal Militar Federal, denunciando a possível fraude cometida por ela. Segundo o Ministério Público, o caso veio à tona em 2018 e mostrava que ela já havia se casado com o filho do major. O primeiro ex-companheiro da mulher morreu em junho de 1999, cerca de três anos antes de seu casamento com o ex-sogro.
Em julho do ano passado, a mulher foi julgada em primeira instância, na Auditoria Militar de Porto Alegre (RS), onde o juiz federal da Justiça Militar entendeu que havia certidão de casamento legalmente expedida em cartório e, portanto, ela não poderia ser casado. foi uma fraude.
Por “não haver provas suficientes para condenar”, o juiz decidiu absolver a mulher. Porém, o Ministério Público Militar (MPM) recorreu da decisão e alegou que a diferença de idade entre o casal e os problemas de saúde que o aposentado enfrentava demonstravam que o casamento era uma fachada para a obtenção da pensão.
Em comunicado, a defesa do arguido pediu a manutenção da pena e salientou que o Ministério Público não comprovou a existência de fraude no casamento da mulher com o sogro.
O ministro Artur Vidigal de Oliveira, do Superior Tribunal Militar (STM), votou pela manutenção da absolvição, e argumentou que a certidão de casamento era verdadeira e que não haveria problema no casamento devido à diferença de idade entre os dois.
Convicção
Durante nova análise do Tribunal Pleno, o ministro Péricles Aurélio Lima de Queiroz decidiu condenar a mulher por peculato. Segundo o juiz, o Código Civil brasileiro proíbe o casamento entre nora e sogro, além de afirmar que mesmo que o casamento anterior seja anulado, o parentesco persiste. “Portanto, a afinidade entre sogro e nora permanece. Portanto, não existe ‘ex-sogro’ ou ‘ex-sogra’, expressões comuns em conversas informais”, destacou Péricles.
Segundo o juiz, por se tratar de um casamento simulado entre parentes, a mulher e o sogro não mantinham uma relação conjugal efetiva. Na última atualização, de outubro de 2021, o laudo pericial contábil apontou prejuízo de mais de R$ 5 milhões aos cofres públicos.
Segundo o STM, a mulher enganou a administração pública durante 18 anos, foi denunciada por peculato e foi condenada a 3 anos e 3 meses de prisão, com regime inicial aberto por fraude previdenciária e tem direito a recorrer em liberdade.
Compartilhar:
o que emprestimo consignado
emprestimo consignado manaus
como funciona o emprestimo consignado
o que é emprestimo consignado
juros empréstimo consignado
financeira bmg telefone
o que empréstimo consignado
empréstimo servidor público
emprestimos bh
empréstimos bh
emprestimo consignado publico
emprestimos consignados o que é