A aeronave Voepass ATR-72, que caiu na última sexta-feira (9) em Vinhedo (SP) deixando 62 mortos, teve seu sistema de degelo inoperante em pelo menos seis ocasiões em julho do ano passado, segundo reportagens obtidas pelo jornal “O GLOBO”.
Segundo o relatório, em pelo menos um desses incidentes houve recomendação técnica para não voar para a região Sul do país, justamente para evitar uma área mais propensa a condições climáticas adversas, e a orientação não foi seguida.
Segundo estudo realizado pelo Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélite (Lapis) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), a aeronave enfrentou condições climáticas severas por quase 10 minutos antes de cair em Vinhedo. Segundo o estudo, o ATR-72 entrou em uma área com alta formação de gelo, ventos de 60 a 70 km/h e nuvens altas e congeladas, com temperaturas em torno de –40°C.
Especialistas em aviação apontam que problemas no funcionamento do sistema de degelo estão entre as possíveis causas que podem ter contribuído para o acidente. Numa nota a CNNA Voepass afirmou que a empresa segue todos os protocolos operacionais e de manutenção regulamentados pelo setor aéreo.
“A VOEPASS Linhas Aéreas reafirma que, no dia 9 de agosto deste ano, a aeronave estava com o sistema de degelo operacional e a aeronave estava aeronavegável e apta a realizar o voo, dentro da legislação estabelecida”, acrescenta.
Os relatórios obtidos por “O GLOBO” mostram que fiscalizações detectaram o problema no sistema de degelo da aeronave nas bases de Ribeirão Preto (SP), Porto Alegre (RS) e Congonhas (SP).
No dia 13 de julho do ano passado, o responsável pela manutenção em Ribeirão Preto afirmou que a aeronave tinha “restrições de gelo” e recomendou que a tripulação “evitasse enviar o avião para o Sul”. Porém, no mesmo dia, o avião seguiu para Porto Alegre, onde a manutenção apontou mais uma vez que o sistema de degelo do avião estava inoperante, além de apresentar um limpador de para-brisa quebrado e falha no sistema de alerta de aproximação. no solo.
No dia seguinte, antes do embarque do bimotor para Congonhas, o relatório indicava apenas “restrição de gelo”, o que poderia indicar que os demais sistemas haviam sido reparados. No mesmo dia, ainda em Congonhas, a manutenção voltou a alertar sobre “restrições de gelo —evite enviar para a região Sul”.
Os relatos indicam que, quatro dias depois, a aeronave estava em Congonhas com o sistema de degelo e o gerador elétrico inoperantes. No final do mesmo dia, o ATR-72 passou por nova inspeção em Ribeirão Preto, que novamente mostrou que o sistema de degelo e o gerador elétrico estavam inoperantes.
Questionado sobre os relatos, Voepass disse CNN que “esse tipo de manutenção faz parte da rotina de todas as companhias aéreas do mundo”, e reforçou que segue todos os protocolos operacionais.
A Força Aérea Brasileira (FAB), a Polícia Federal e a Polícia Civil de São Paulo continuam investigando o que levou à queda do avião. No total, morreram 62 pessoas, 58 passageiros e 4 tripulantes.
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