O empresário Igor Ferreira Sauceda, 27 anos, declarou em depoimento à Polícia Civil que ganha uma renda mensal de R$ 20 mil no bar que possui, na capital paulista. Sauceda dirigia o Porsche que atropelou e matou um motociclista na última segunda-feira (29) na zona sul de São Paulo após uma suposta briga de trânsito.
Além da renda mensal, o empresário disse à polícia que possui um patrimônio estimado em R$ 500 mil em imóveis. O Porsche que ele dirigia no momento do acidente, que também vale cerca de meio milhão de reais, não está em seu nome.
Ainda em depoimento à Polícia Civil, Sauceda relatou ter ensino médio completo e morar em casa própria. Ele alegou ter dinheiro depositado em contas bancárias, mas o valor não foi divulgado.
Segundo o Portal da Transparência do governo federal, Sauceda recebeu R$ 5.250 em Auxílio Emergencial entre 2020 e 2021. Desse total, apenas R$ 150 foram devolvidos.
O benefício, que começou a ser pago pelo governo em abril de 2020, foi uma das medidas adotadas para minimizar os impactos econômicos causados pela pandemia da Covid-19. Inicialmente, o valor básico do Auxílio Emergencial era de R$ 600. No ano seguinte, em nova versão do programa, caiu para R$ 150 mensais.
No total, ele recebeu 15 parcelas do benefício. Em 2020, o valor obtido foi de R$ 4.200. Em 2021, recebeu R$ 1.050, mas devolveu R$ 150. Considerando a soma das parcelas não devolvidas, o total é de R$ 5.100.
Pelas regras do Auxílio Emergencial, o benefício era destinado a cidadãos de famílias cuja renda mensal por pessoa não ultrapassasse meio salário mínimo (R$ 522,50, na época) ou cuja renda familiar total fosse de até 3 salários mínimos (R$ 3.135 , considerando o valor da época).
Não tinham direito pessoas com vínculo formal ativo, assim como quem recebia rendimentos tributáveis acima do teto de R$ 28.559,70 em 2018, conforme declaração do Imposto de Renda. Não havia critérios específicos para o patrimônio.
A CNN procurou a defesa de Igor Ferreira Sauceda, mas não obteve resposta.
Empresário está em prisão preventiva
Na última terça-feira (30), a Justiça converteu a prisão de Igor Sauceda em prisão preventiva.
“Noto que a conduta criminosa do réu é gravíssima e perigosa, tendo em vista que cometeu o crime de homicídio qualificado, tirando a vida da vítima em decorrência de uma disputa de trânsito ocorrida após a vítima danificar seu retrovisor” , escreveu a juíza Vivian Brenner De Oliveira ao aceitar a prisão preventiva do motorista do Porsche.
A moto atingida pelo carro de luxo era conduzida por Pedro Kaique Ventura Figueiredo, de 21 anos, que foi socorrido, mas morreu no hospital.
Em depoimento, Sauceda negou que tenha batido propositalmente no motociclista. Ele relatou que trafegava pela Avenida Interlagos quando “foi surpreendido por um motociclista, que dirigia em alta velocidade, completamente incapacitado, e colidiu com ele pelo lado esquerdo, quebrando o retrovisor esquerdo” e em seguida fugiu.
O empresário disse ainda que “continuou na mesma estrada, chegando a buzinar para o motociclista, que olhou para trás sem sinalizar que ia parar”. “O motociclista cruzou o meio-fio entre uma lombada e a calçada e seguiu em frente. O arguido continuou o seu caminho até que, na curva seguinte, foi surpreendido pelo motociclista que se deslocava para a esquerda, o que o fez perder o controlo e bater na moto e no poste”, acrescentou.
Ele também disse à polícia que “tentou, sem sucesso, evitar o acidente girando o volante do carro para a direita”. Sauceda fez o teste do bafômetro, que deu negativo.
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