O Plano Nacional de Pós-Graduação (PNPG), previsto para ser divulgado no segundo semestre deste ano, trará uma série de objetivos e metas para superar as dificuldades vividas pelas instituições nos últimos anos. Os impactos da pandemia da Covid-19 e o desmantelamento das estruturas universitárias públicas estão entre as reivindicações das entidades representativas do setor.
A iniciativa é liderada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), órgão vinculado ao Ministério da Educação (MEC). O plano servirá para orientar o trabalho das instituições de ensino nos próximos cinco anos.
Desde o ano passado, vem sendo debatido com diversas instituições e entidades da área. Ao longo de 2023, uma comissão especial da Capes foi estruturada em grupos para trabalhar áreas temáticas, como promoção e relações com o setor produtivo e a sociedade, futuro dos graduados e recém-graduados, internacionalização e educação básica, entre outros temas.
A Associação Nacional dos Estudantes de Pós-Graduação (ANPG) é uma das entidades que tem trazido demandas à Capes. A principal delas é a recomposição orçamentária, cuja necessidade ficou ainda mais evidente durante a pandemia da Covid-19.
“O reajuste das bolsas também depende muito disso. A partir dessa recomposição podemos pensar em mais do que reajuste. É possível pensar em aumento dessas outorgas e investimento em estrutura física e material. Percebemos muito isso durante o período de pandemia, que alguns programas não conseguiam fechar. Os investigadores tiveram que continuar a frequentar locais com estruturas precárias e a falta de manutenção ficou evidente neste período”, relata Amanda Mendes, vice-presidente da ANPG.
A progressão na garantia de direitos, como a lei de cotas e a assistência estudantil, também foi realizada pela associação. A questão das mães na pós-graduação é um debate que já dura anos e um dos avanços foi a instalação de um grupo de trabalho no MEC para debater exclusivamente o tema.
“Além de trabalhar esse tema, tem que fazer parte da política nacional, para que possamos levantar a realidade das mães. Para que elas não tenham que se colocar na posição de escolher entre a maternidade e a carreira”, afirma Amanda.
Relatório
Um relatório preliminar do Plano Nacional foi divulgado pela Capes e contém diversos dados que ilustram a situação da pós-graduação no Brasil. Na publicação de julho da Revista Pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), uma informação ganhou destaque: em mais de 20 áreas do conhecimento avaliadas pela Capes, a oferta de vagas é maior que a demanda pelo menos um quarto dos programas de mestrado e doutorado. O número denota a queda no interesse em continuar os estudos entre os brasileiros em 2022.
As bolsas federais de pós-graduação foram reajustadas em 40% no ano seguinte, em 2023. Uma das hipóteses para a perda de interesse dos estudantes brasileiros em cursar a pós-graduação foi justamente o baixo valor das bolsas para auxiliá-los na permanência, questão que já recebeu atenção do Governo Federal.
Para Amanda, o fato do mercado de trabalho não absorver os formandos também desanima muitos estudantes.
“A maioria foi para a universidade ou para a administração pública devido a essa dificuldade do mercado de trabalho. Há formação de recursos humanos de alto nível, tanto em mestrados acadêmicos quanto profissionais. Porém, não há intersecção entre universidades e empresas”, explica. O tema também está no radar do Plano Nacional.
A CNN entrou em contato com a Capes para entender como esses pontos deveriam ser abordados no relatório, principalmente a busca pela manutenção do interesse dos brasileiros em continuar seus estudos. Até agora, não houve resposta.
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