A Justiça do Rio Grande do Sul descartou a qualificação de “má motivação” ao analisar o caso referente ao homicídio de João Alberto Silveira Freitas, espancado até a morte por seguranças do supermercado Carrefour, em novembro de 2020, na zona norte de Porto Alegre .
A decisão foi tomada em julgamento virtual encerrado na última sexta-feira (19) pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS).
Com o novo entendimento, os seis réus do crime responderão por duplo homicídio, com duas qualificações: meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Na denúncia apresentada pelo Ministério Público estadual, o termo “má motivação” foi incluído porque, segundo o Ministério Público, um dos motivos do crime foi a vulnerabilidade econômica e o fato de a vítima ser negra.
O MPRS afirmou que a vítima era abertamente acompanhada e monitorizada pelos seguranças do estabelecimento na realização das suas compras e chegou a ser perseguida pelos autores do crime antes do ataque que culminou na morte do cliente.
De acordo com o Código Penal, as qualificadoras podem alterar a pena máxima ou mínima de um crime e são consideradas na etapa inicial do cálculo da pena.
“Qualificadores são elementos previstos em determinado crime, o que o classifica como tipo penal mais grave”, explica o Tribunal de Justiça do Distrito Federal.
Lembre-se do caso
João Alberto Silveira Freitas foi espancado até a morte por seguranças do supermercado Carrefour, na noite do dia 19 de novembro de 2020.
Ainda dentro do mercado, enquanto fazia suas compras, a vítima, segundo denúncia do MPRS, foi perseguida por três seguranças. Após a provocação, iniciou-se um confronto físico entre eles. Posteriormente, mais três membros da equipe de segurança se juntaram aos demais na ação criminosa.
O laudo pericial concluiu que José Alberto morreu devido a “compressão torácica que causou asfixia por asfixia indireta”.
Mudanças na empresa
Desde o incidente, o Carrefour tem promovido mudanças internas e se comprometido publicamente com a inclusão social dos negros e o combate à discriminação.
A segurança das lojas da marca passa a ser gerenciada pela própria empresa, e não mais por empresas terceirizadas, como no caso em questão.
Segundo o grupo varejista, seguranças e demais funcionários começaram a receber treinamento em alfabetização racial.
Até 2026, o Carrefour pretende atingir a meta de 40% de cargos de liderança ocupados por negros.
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