A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, concedeu entrevista ao CNN nesta terça-feira (25) para abordar a grave situação dos incêndios que atingem o Pantanal.
Segundo Marina, a região enfrenta uma combinação de fatores que resultaram em um dos piores cenários de seca já registrados, incluindo o fenômeno climático El Niño, a baixa pluviosidade e o problema crônico do desmatamento.
“Temos, na verdade, uma situação completamente atípica, porque temos a combinação de vários fatores que nos fazem ter um dos piores momentos em relação às secas no Pantanal”, afirmou o ministro.
Incêndios causados pela ação humana
O ministro afirmou que as queimadas que assolam o Pantanal são causadas pela ação humana, já que, nesta época do ano, não há incidência de raios na região, segundo climatologistas.
“Os incêndios estão acontecendo por ação humana. Segundo climatologistas, neste período agora, nesta época, no Pantanal, não há incidência de raios. Portanto, são incêndios causados pela ação humana”, afirmou.
Ela destacou que os municípios que mais desmatam são aqueles com maior número de focos de incêndio, citando o caso de Corumbá, onde o desmatamento aumentou 52% e é responsável por quase metade das queimadas no Pantanal.
Marina Silva explicou que o governo federal vem adotando desde outubro de 2022 medidas de monitoramento e combate a incêndios, incluindo a declaração de emergência em abril deste ano. Ela destacou o trabalho dos brigadistas do Ibama e do ICMBio, em conjunto com os estados de Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Situação de risco climático e sala de gestão
O ministro também abordou a importância da sala de situação montada pelo governo para acompanhar diariamente a crise no Pantanal e na Amazônia. Segundo ela, essa estrutura se tornará uma constante na gestão pública brasileira, visando a transição da “gestão de desastres” para a “gestão de riscos” climáticos.
“Temos que fazer todas as ações voltadas para a prevenção de riscos. E este é o plano para combater eventos climáticos extremos”, afirmou.
Marina Silva destacou que o presidente Lula está empenhado em apoiar essas ações emergenciais e trabalha para criar a figura jurídica da “emergência climática”, permitindo contratações antecipadas e ações preventivas.
“Concluímos a parte que estávamos fazendo de forma colaborativa – pastas de Meio Ambiente, Integração Regional, Ciência e Tecnologia e Cidades – e entregamos ao presidente. Ele está agora analisando isso para um processo, que espero que seja o mais rápido possível. E talvez possamos criar essa figura jurídica de ‘emergência climática’, para que possamos começar a fazer um processo constante com esses 1.942 vulneráveis a eventos extremos envolvendo mais de 80 milhões de pessoas”, disse Marina.
Textos gerados por inteligência artificial em CNN Brasil são feitas com base em recortes de vídeos de jornais em sua programação. Todas as informações são investigadas e verificadas por jornalistas. O texto final também é revisado pela equipe de jornalismo do CNN. Clique aqui para saber mais
(Publicação de Raphael Bueno, da CNN Brasil)
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