Uma mulher de 39 anos, identificada como Luana Otoni de Paula, foi presa no último domingo (23), no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins (MG), após agredir funcionários de terminais aéreos. De acordo com o relatório do incidente, ela parecia bêbada.
De acordo com o relatório policial, ela disse ofensas racistas a um funcionário da companhia aérea Azul.
Veja o vídeo:
A Polícia Federal foi acionada e a mulher foi indiciada pelos crimes de injúria, injúria racial, perturbação do trabalho ou do sossego alheio, desacato e atos criminosos.
Entenda o caso
Um funcionário da Azul relatou que Luana caiu na estrutura de embarque e desembarque do avião e apresentava sintomas de embriaguez alcoólicade acordo com o relatório do incidente.
O funcionário contou que, antes da decolagem, foi até o assento de Luana, perguntou se ela precisava de atendimento médico e a convidou a deixar a aeronave. Segundo ele, o procedimento faz parte dos protocolos da aviação civil relativos à segurança aérea.
A piloto ligou para o posto médico para atender a passageira, mas ela recusou e chamou o profissional de “pequeno comandante”. Ele então afirmou que ela não poderia embarcar.
Em nota, a Azul informa que a cliente foi orientada a desembarcar por comportamento inadequado e que, ao desembarcar, agrediu física e verbalmente um tripulante da empresa.
“A autoridade de segurança foi chamada para acompanhar o desembarque e depois os levou à delegacia para registrar depoimento e investigar o caso”, acrescenta a empresa.
Ainda de acordo com o boletim de ocorrência, a mulher foi informada que seria transferida para outro voo e iniciou agressões físicas e verbais após um funcionário lhe entregar seus pertences que estavam na aeronave.
Entre os insultos raciais, o homem relata que foi chamado de “macaco”, “negro”, “vagabundo” e “cretino”. “Seu idiota, você precisa desse emprego”, disse a mulher.
“Você precisa mostrar trabalho, idiota, você está feliz por ter saído do avião”, disse Luana, segundo a vítima.
Depois, a mulher teria iniciado ataques físicos com socos, chutes e tapas no rosto do homem. A vítima não ficou ferida e precisou de atendimento médico.
Outro funcionário da empresa prestou depoimento à polícia e confirmou a versão da vítima. Ele disse que esteve presente no local e que, ao se aproximar da mulher, ela disse: “Você é pobre, está ferrado”.
A PF foi acionada e prendeu Luana, que, segundo a corporação, estava “perturbada, colocando em risco a sua própria integridade física e a de terceiros”.
Ofensas contra policiais
Segundo a Polícia Civil, na delegacia, a mulher chamou os agentes de “babacas”, “playboys que viraram policiais” e “crianças”. Em sua versão, ela diz que ficou surpresa com o pedido da vítima para sair do avião e decidiu sair para “evitar constrangimentos”.
Ela alegou que questionou o pedido e que argumentou que não poderia perder o voo por compromisso de trabalho. A passageira acrescentou que o funcionário a pegou pelos braços e não respondeu às suas perguntas.
A CNN não conseguiu localizar a defesa do atacante.
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