Em sentença proferida nesta quinta-feira (20), a Justiça Federal de Brasília reconhece que o Grupo Imcopa pertence ao Grupo Petrópolis e que o empresário Walter Faria foi vítima de fraude cometida pelos ex-controladores da empresa de soja, localizada no Paraná.
A ação que hoje terminou analisou a nulidade ou falsidade de um aditivo assinado em Luxemburgo, na Europa.
Pela alteração, o dono do grupo Petrópolis abriria mão do controle da Imcopa, retirando os créditos bilionários de Walter e repassando-os à Crowned Capital S.A., de Renato Mazzuchelli e Ruy del Gaiso, agentes do mercado financeiro que controlavam a empresa. Imcopa anteriormente.
Segundo a defesa de Walter Faria, o documento foi assinado por um advogado, mesmo depois de o empresário se recusar a desistir da empresa paranaense. O acordo, segundo os advogados, foi realizado por meio de conluio entre Ruy e Renato com esse interlocutor, até então homem de confiança de Walter.
“A alteração é processualmente inválida, está amparada em documentos falsos e nulos. Ambos. Falsidade material ou ideológica (deslealdade dos representantes). Não tem validade alguma”, diz trecho da sentença proferida pelo juiz federal Itagiba Catta Preta Neto.
O juiz também solicitou o envio dos autos ao Ministério Público Federal (MPF), devido à conclusão de que representantes do fundo de investimento Agro 1 e da empresa Crowned Capital SA fraudaram a documentação.
Até então, o Grupo Petrópolis permanecia no controle do Grupo Imcopa devido à decisão liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ). A recente sentença, que ainda cabe recurso, representa um desfecho judicial para o caso.
A CNN contatou os advogados das empresas demandadas no caso e aguarda resposta.
Entenda o caso
Em março deste ano, a Divisão Estadual de Combate à Corrupção (DECCOR) do Paraná deflagrou uma operação que apura condutas ilícitas da antiga gestão do Grupo Imcopa, que atua na industrialização da soja e está em recuperação judicial desde 2013 com uma dívida estimada em R$ 3 bilhões.
Segundo a investigação, Fernando Lauria e Mauro Piacentini estiveram na administração da Imcopa para ocultar as atividades de Renato Mazzuchelli e Ruy del Gaiso, agentes do mercado financeiro.
Ruy e Renato, segundo a investigação, dirigem a gestora de investimentos R2C, com sede em Pinheiros, bairro da zona oeste de São Paulo, que também foi alvo de busca e apreensão. Os investigadores apontam que a R2C detém o controle da empresa Nuevo Plan5, indicada no processo de recuperação judicial para controlar a Imcopa.
A investigação diz ainda que pelo menos R$ 135 milhões teriam sido desviados dos cofres da Imcopa para contas de empresas de Ruy e Renato.
Uma batalha judicial foi travada entre ambas as partes até que, de imediato, o STJ concedeu ao Grupo Petrópolis o controle da Imcopa.
Segundo a decisão, “os reclamantes, titulares da quase totalidade dos créditos em recuperação (97%), conforme declarado pelo judiciário federal, têm legitimidade para decidir sobre a administração da empresa na forma prevista no art. 65 da lei aplicável e no plano de recuperação, reconhecido pelo magistrado de processamento.”
A decisão desta quinta põe fim à disputa, já que as demais ações tiveram como base esse processo que tramita na Justiça Federal.
Compartilhar:
o que emprestimo consignado
emprestimo consignado manaus
como funciona o emprestimo consignado
o que é emprestimo consignado
juros empréstimo consignado
financeira bmg telefone
o que empréstimo consignado
empréstimo servidor público
emprestimos bh
empréstimos bh
emprestimo consignado publico
emprestimos consignados o que é