Não há dúvida ou discussão de que a educação é fundamental para o avanço social e económico. Contudo, o que se passa no nosso país é que, cada vez mais, nos bancos escolares, as diferenças no estudo entre brancos e negros.
Pesquisa encomendada pela Fundação Telefônica Vivo Centro de Estudos Raciais Insper (Neri) traz dados chocantes sobre a principal disciplina e ferramenta de trabalho hoje e no futuro, que é conhecimento tecnológico.
A pesquisa Tecnologia e desigualdades raciais no Brasil teve como objetivo investigar as desigualdades raciais no acesso à tecnologia e suas consequências nas diferentes etapas da trajetória escolar, desde a educação básica até o ensino superior.
Os resultados indicam desigualdades raciais relevantes no acesso dos estudantes às tecnologiasconsiderando a presença de infraestrutura adequada nas escolas e sua utilização pelos professores para fins pedagógicos, medida a partir de dados do Censo Escolar É de Saeb (Sistema de Avaliação do Ensino Básico).
A pesquisa mostra, por exemplo, um aumento de 10 pontos na taxa de exposição à tecnologia no 5º ano do ensino fundamental, associado a uma nota 18,5 pontos maior em matemática (numa escala de 0 a 500).
Contudo, em termos raciais, os estudantes negros no mesmo ano obtêm, em média, 14,5 pontos a menos em matemática, na média do país, quando comparados aos estudantes brancos com o mesmo nível de exposição à tecnologia. Essa diferença é de 4 pontos quando comparados estudantes das mesmas regiões e com as mesmas condições socioeconômicas.
Esses fatores mostram que a diferença de desempenho entre negros e brancos está fortemente relacionada a fatores sociais e regionais, que são reflexo de disparidades raciais históricas. O que significa que estamos formando pessoas na mesma base escolar, mas com diferenças de aprendizagem em áreas estratégicas, ou seja, reproduzindo desigualdades históricas do passado no presente e para o futuro.
Se, já no passado, a política educacional privilegiou uma determinada camada da população brasileirae os números mostram isso, com a participação dos negros inferior à dos brancos na universidade, no ensino médio e no ensino fundamental, hoje, mesmo com maior presença, as diferenças de aprendizagem continuam desiguais.
Porém, iniciativas como esta da Telefônica Vivo, preocupada em esclarecer o problema, mostram o envolvimento do setor privado no presente na desconstrução de políticas e ações culturais excludentes, seja do ponto de vista social ou racial. A pesquisa patrocinada pela gigante brasileira de telefonia demonstra isso.
Outras iniciativas do sector privado também se concentraram no problema. Empresas como a Alicerce Educação – que se dedica ao reforço escolar pós-turno, com ênfase em disciplinas como português e matemática, não só para crianças e jovens, mas em parceria com diversas empresas – investem na revisão educacional dos colaboradores.
O analfabetismo funcional é uma realidade brasileira e ações como essas ajudam a resolver o problema. Também com foco nas questões raciais, o Alicerce, além de focar nas questões raciais em suas disciplinas, mantém um comitê de igualdade racial.
Existem diversas iniciativas do setor privado mobilizadas para reduzir as desigualdades sociais e raciais no brasil. O fato de esse setor só ter tomado consciência do problema neste século torna esse trabalho muito mais difícil – afinal, temos um atraso de mais de 100 anos em que nada foi realizado, por exemplo, na esfera racial.
Mas hoje, com a informação sendo disponibilizada democraticamente, não há como continuar de braços cruzados, principalmente com os números que esta pesquisa nos traz. Nem esperar que os governos resolvam o problema e tirem o Brasil da triste situação de ser um dos países mais desiguais do mundo.
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