O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, com o apoio da Polícia Civil, lançou a operação “Toque de Caixa”, com o objetivo de cumprir um mandado de prisão e oito mandados de busca e apreensão. Os alvos são suspeitos de desviar mais de R$ 6 milhões da Prefeitura de Arraial do Cabo. A ação acontece nesta terça-feira (18).
Segundo as investigações, os crimes aconteceram entre 2018 e 2020. Entre os suspeitos estão um empresário, um ex-vice-prefeito de Arraial do Cabo, secretários de governo das secretarias de Saúde e Obras, servidores públicos lotados em cargos de assessoria, coordenação e direção municipal departamentos.
Servidores públicos, um engenheiro e um fiscal de obras também estão entre os investigados.
Segundo o MP do RJ, os crimes começaram em 2020, quando o prefeito renunciou ao cargo por medida judicial, que permitiu que um dos acusados assumisse o cargo executivo e autorizasse a liberação de pagamentos na última semana do mandato.
Os suspeitos autorizaram o pagamento de obras e serviços não realizados, as empresas MAF do Nazareth e Atlântica receberam R$ 6.564.015,98 milhões da prefeitura de Arraial do Cabo, para realização de obras no Posto de Saúde Figueira e no Centro de Saúde Hermes Barcellos.
As investigações revelaram que as duas construtoras foram criadas exclusivamente para assinar contratos com a Prefeitura de Arraial do Cabo entre 2018 e 2020. Uma dessas empresas utilizadas no esquema pertence ao ex-sócio do narcotraficante Antônio Francisco Bonfim Lopes, o Nem, da Rocinha .
O dinheiro enviado para a construção das unidades de saúde era depositado nas empresas contratadas e depois distribuído em contas privadas, para ocultar o dinheiro.
A investigação também destacou o desaparecimento de processos administrativos e documentos relativos a procedimentos licitatórios relacionados a empresas, na tentativa de dificultar a investigação dos atos ilícitos praticados pelo grupo criminoso.
Em nota, a Prefeitura de Arraial do Cabo afirmou que a operação tem como foco o mandato anterior, portanto não comentou o ocorrido.
O principal alvo da operação foi preso no início da manhã. O Ministério Público indiciou 19 pessoas pelos crimes de falsidade ideológica, peculato, corrupção activa e passiva, ordenação de despesas não autorizadas, falso testemunho e branqueamento de capitais.
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