O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, determinou, em Porto Alegre, o envio de frotas e equipes de resgate para quatro regiões onde há maior risco de transtorno, dada a previsão de novas chuvas fortes e aumento do nível de os rios do estado. .
As áreas definidas na reunião da Sala de Situação da Defesa Civil estadual para receberem maior atenção preventiva são os vales do Caí e do Taquari, a Serra Gaúcha e o litoral norte. A Defesa Civil estadual emitiu alerta sobre novos eventos extremos em vigor até as 16h desta quarta-feira (19).
Eficaz
Quatro aeronaves, embarcações da Brigada Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Sul e agentes militares estão sendo mobilizados para realizar operações de resgate. Na frota aérea, três veículos são do Rio Grande do Sul e um do estado de São Paulo. O governo do Rio Grande do Sul também busca apoio das Forças Armadas para colocar mais aeronaves e embarcações no local.
Também estão sendo mobilizadas tropas especializadas em áreas de deslizamentos e cães de busca, pois, segundo previsões da Sala de Situação da Defesa Civil estadual, nos vales do Caí e Taquari o risco é de novas enchentes, enquanto na Serra Gaúcha e no litoral norte , de deslizamentos de terra.
“Nosso foco é garantir a segurança das pessoas e preservar vidas”, disse o governador Eduardo Leite.
Risco de inundação
A Defesa Civil estadual emitiu alerta sobre áreas com risco hidrológico, devido aos elevados níveis nas regiões hidrográficas do estado.
Pela previsão, as fortes chuvas no estado colocarão em alerta até amanhã os moradores da região hidrográfica do Guaíba, com os rios Taquari e Caí já acima do nível de cheia. A Defesa Civil alerta que esses rios poderão atingir níveis mais críticos.
Em relação a outros rios ascendentes, há risco de inundação nas bacias da região hidrográfica do Uruguai: rios Apuaê-Inhandava, Passo Fundo, Várzea, Turvo-Santa Rosa-Santo Cristo, Ijuí, Piratinim, Butuí-Icamaquã e Ibicuí; e também da região hidrográfica do Guaíba: Taquari-Antas, Caí, Alto e Baixo Jacuí e Pardo. Na região hidrográfica do Uruguai, os rios estão em condições normais, com exceção do rio Ijuí, que está em observação.
Em relação aos níveis do Lago Guaíba, o Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul prevê, em boletim às 12h desta terça-feira, aumento dos níveis do Guaíba nos próximos dias, que deve atingir o nível de alerta, estipulado em 3,15 metros. “O aumento é resultado das fortes chuvas ocorridas nos últimos dias, provocando aumento nos volumes dos rios afluentes e nos níveis previstos para o Guaíba. As oscilações devem ocorrer devido aos efeitos dos ventos. É necessário monitorar cuidadosamente as chuvas observadas, considerando a incerteza da previsão do tempo”, diz o relatório.
Os dados hidrológicos de rios e lagos coletados pela Secretaria de Recursos Hídricos e Saneamento da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema/RS) podem ser consultados no site.
Risco meteorológico
Outro alerta da Defesa Civil estadual diz respeito a áreas de risco meteorológico, causado por chuvas intensas e possíveis rajadas de vento, impactando principalmente a metade norte do estado. As chuvas acumuladas podem chegar a 50 milímetros (mm) por dia, podendo ultrapassar 90 mm/dia nas regiões de Missões, Campanha, Vales e Serra Gaúcha e noroeste do estado. As tempestades provocarão ventos que podem ultrapassar os 70 quilómetros (km) por hora, enquanto na metade sul variam entre 40 e 50 km/h.
Neste fim de semana, pelo menos 19 municípios gaúchos sofreram danos devido às chuvas intensas e registraram novos transtornos, alagamentos e também deslizamentos de terra. São eles: Arvorezinha, Bento Gonçalves, Boqueirão do Leão, Canela, Capão da Canoa, Caxias do Sul, Coqueiro Baixo, Dom Pedro de Alcântara, Igrejinha, Mampituba, Maquiné, Pareci Novo, Parobé, Roca Sales, São Luiz Gonzaga, Rio Pardo , São Vendelino, Três Coroas, Vale Real.
Especificamente em São Luiz Gonzaga, ocorreu uma microexplosão, fenômeno caracterizado por fortes chuvas em curto espaço de tempo, geralmente acompanhadas de intensas rajadas de vento. O incidente deixou 400 pessoas desabrigadas, uma ferida e afetou cerca de 15 mil pessoas.
(Com informações da Agência Brasil)
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