A cigana Suyany Breschak, o namorado Leandro Catanhede e o amigo Victor Chaffin formataram o celular após o assassinato de Luiz Marcelo Ormond, contou ela CNN o delegado da 25ª DP do Rio de Janeiro, Marcos Buss.
O responsável pelo caso da morte do empresário de 44 anos por brigaderão envenenado disse ainda que o celular da vítima, quando encontrado, estava totalmente desligado.
Leandro Jean Rodrigues Catanhede, namorado da cigana, já prestou três depoimentos à polícia. Victor Ernesto de Souza Chaffi foi encontrado com o carro com os aparelhos eletrônicos de Ormond em Cabo Frio, RJ.
A polícia apreendeu os telemóveis dos suspeitos e, segundo o responsável pela investigação, há agora pouco conteúdo para analisar.
“Eles formataram os telefones após o fato e começaram a usá-los a partir daí. Com grande parte do conteúdo dos telefones apagado, talvez não consigamos acessar todas as conversas”, afirma o delegado.
Marcos Buss informou que pretende se reunir com o diretor do Instituto de Criminalística da Polícia Civil do Rio de Janeiro para esclarecer a possibilidade de recuperação das informações apagadas.
Versões ciganas são contraditórias
As últimas declarações de Suyany Breschak tiveram diversas contradições, segundo Marcos Buss. Os investigadores depuseram os suspeitos para entender a relação entre o cigano Leandro e Victor.
“Acreditamos que grande parte do depoimento de Suyany não merece crédito”, disse o delegado.
A cigana afirmou primeiro que seu amigo Victor extorquiu e ameaçou ela e seus filhos e, por isso, ela lhe deu dinheiro.
Após essa reportagem – afirmando também que Leandro não sabia das ameaças – Suyany diz que ela e Victor Chaffin mantinham um relacionamento atual e amoroso.
“É uma história estranha na qual nós, pessoalmente, não acreditamos. Acreditamos em uma versão em que os três se conheceram em uma festa noturna em Cabo Frio, quando Victor ficou com ela, mas foi apenas uma vez. Depois continuou como amizade”, disse ela.
O delegado explicou que só poderão ter clareza sobre as versões quando acessarem o conteúdo no celular. A Polícia Civil já possui autorização para acessar os dispositivos.
Buss disse ainda que pretendem iniciar e finalizar as análises ainda esta semana. “Se abrirmos os telefones e tudo corroborar as nossas conclusões, a investigação está praticamente encerrada”, disse.
Uma representação pela quebra de sigilo bancário de Suyany também foi enviada pelo delegado nesta quinta-feira (06). Ele relatou que solicitou três meses de declarações, pois precisava analisar as movimentações financeiras em torno do assassinato.
O caso
Ormond foi encontrado morto no dia 20 de maio no apartamento onde morava, na zona norte do Rio.
Ele teria morrido cerca de três dias antes, após comer um brigadeirão envenenado que lhe foi oferecido pela namorada, a psicóloga Julia Andrade Cathermol Pimenta, de 29 anos. Julia se entregou à polícia na noite desta terça-feira (4), mas permaneceu em silêncio.
Em coletiva de imprensa realizada no início da tarde desta quarta-feira (5), o delegado Marcos Buss afirmou que a cigana Suyany Breschak é considerada, até agora, a “autora e arquiteta” da morte do empresário Luiz Marcelo Antonio Ormond, 44 anos . . A motivação do crime seria econômica.
*Com informações de Rodrigo Monteiro
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