Um atleta da Universidade de São Paulo (USP) acusou um torcedor da Universidade Presbiteriana Mackenzie de cometer homofobia durante uma partida de vôlei em Boituva, no interior de São Paulo, no dia 1º de junho.
O caso teria ocorrido durante uma partida da semifinal de vôlei masculino dos Jogos Universitários de Comunicação e Artes (JUCA), ocorrido durante o feriado de Corpus Christi, entre os dias 30 de maio e 2 de junho.
A da equipe masculina de vôlei, Pholley, da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), em nota de repúdio, denunciou o ocorrido pelas redes sociais.
Palavrões durante a partida
“No dia 1º de junho de 2024, em Boituva, aconteceu na JUCA a semifinal do vôlei masculino ECA x Comunicação Mackenzie. Neste dia, um torcedor do Mackenzie proferiu palavras ofensivas de forma direcionada, principalmente homofóbicas, a um dos atletas do nosso time. ‘Cuz*o, viado*, arromb*do’ foram alguns dos insultos proferidos.”, comunicou a equipe esportiva da ECA-USP em carta aberta nas redes.
De acordo com Pholley, As infrações foram cometidas principalmente no momento do saque, quando o jogador vítima de agressão verbal se aproximava da arquibancada durante a partida.
Segundo a Atlética Uspiana, o torcedor atacante estaria ao lado do vice-presidente da Atlética Mackenzie. Durante o jogo, de acordo com Pholley, Ambos permaneceram próximos e teriam se cumprimentado no início da partida.
Ao perceber as ofensas, a vítima teria tentado informar o representante da torcida rival sobre as lesões sofridas, mas teria ficado isento e não prestou socorro. Somente após um dos capitães da equipe interromper o jogo para pedir ajuda e informar o árbitro sobre as infrações é que a vice-presidente atlética mackenzista tomou providências.
Também em nota, a seleção masculina de vôlei da USP informou que, em geral, a torcida do Mackenzie foi conivente com os ataques.
Pholley também comunicou, por meio da carta aberta, que a atual direção da Liga de Atletismo Acadêmico de Comunicação e Artes (LAACA), responsável pela organização da JUCA, permanece isenta sem comentar o ocorrido. AAté o momento, a direção do evento de jogos universitários também não procurou a vítima alvo das infrações para oferecer apoio.
“Continuaremos a frequentar estes espaços, continuaremos a existir”, conclui a nota de repúdio do Pholley.
O que diz a Atlética do Mackenzie
Em resposta à denúncia, na última terça-feira (4), a Atlética de Comunicação & Artes Mackenzie, da Atlética Tubamack, publicou uma nota se posicionando sobre o ocorrido, mas posteriormente apagou a publicação.
Na nota em questão, a atleta alegou não ter conseguido identificar quem entre os torcedores proferiu os insultos. Porém, a equipe de vôlei da ECA rebateu o argumento:
“Ao contrário do que constava na nota do Mackenzie (que foi excluída), a torcida e a representação Mackenzista sempre souberam quem era o responsável pelos ataques e o que estava acontecendo, pois nosso atleta demonstrou inúmeras vezes a situação, inclusive apontando para quem estava responsável por tais insultos.”, afirmaram em comunicado.
Ainda na nota apagada, Tubamack afirmou que a situação foi discutida e resolvida em reunião, com pedido de desculpas de sua parte e aceitação da punição, menos cinco pontos na classificação geral do colégio durante os jogos.
“A Atlética repudia qualquer crime, principalmente aqueles motivados por preconceito. O curso de Comunicação e Artes do Mackenzie é formado por uma diversidade de pessoas e todos devem se sentir acolhidos”, concluiu a nota do clube atlético, que posteriormente foi excluída de suas redes.
A CNN procurou a gestão dos Jogos Universitários de Comunicação e Artes (JUCA), mas até a publicação deste texto não houve resposta. A Universidade Presbiteriana Mackenzie, até o momento, também não se pronunciou sobre o episódio de homofobia envolvendo universitários.
Crime de homofobia
Desde 2019, o Supremo Tribunal Federal reconhece o crime de homofobia e transfobia, cometido em decorrência de discriminação contra a identidade de gênero ou orientação sexual de alguém, como racismo.
De acordo com a legislação brasileira, a pena pelo ato praticado contra um grupo ou coletivo pode variar de dois a cinco anos de prisão e é inafiançável.
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