O Comando Vermelho (CV) foi o grupo armado que mais conquistou territórios na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, por meio de disputas, nos últimos sete anos. Em seguida estão as milícias, o Terceiro Comando Puro (TCP) e a facção Amigos dos Amigos (ADA).
É possível observar também que dentre os territórios conquistados pelo Comando Vermelho, a maioria estava sob controle de milícias, 52,9%. Por outro lado, tanto as milícias como o TCP tiveram as suas maiores conquistas entre os territórios do CV — respectivamente 78,5% e 55,2% das áreas conquistadas por cada grupo.
Os dados são do Instituto Fogo Cruzado em parceria com o Grupo de Estudos sobre Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (GENI-UFF) e apontam também para a atuação da Polícia Militar do Rio de Janeiro em áreas dominadas pelo tráfico de drogas e milícias em a região. Metropolitana do Rio de Janeiro.
De forma geral, a pesquisa mostra que o CV é o grupo armado que mais ganha e perde territórios em números absolutos, seguido pelas milícias, que têm mais perdas por confrontos armados do que por conquistas.
Apesar da expansão das facções, estes confrontos não são muito eficazes quando motivados pela conquista territorial. Em apenas 5,4% dos territórios houve mudança de domínio devido a conflitos.
“O confronto não é o principal responsável pela expansão dos grupos armados no Grande Rio. O que nos faz pensar que a atuação conflituosa da polícia também não será responsável por impedir que esses grupos continuem a ganhar território. Quais são então as principais consequências dos confrontos? A exposição da população, o medo, escolas fechadas e transportes interrompidos, acontecimentos tão frequentes”, disse a diretora de dados e transparência do Instituto Fogo Cruzado, Maria Isabel Couto.
O coordenador do Grupo de Estudos sobre Novos Ilegalismos da Universidade Federal Fluminense (GENI-UFF), Daniel Hirata, ressalta que é preciso contextualizar esses dados com a evolução do controle territorial no Grande Rio.
“É interessante observar o nível de utilização dos conflitos como recurso estratégico. A última atualização do Mapa dos Grupos Armados revela que os territórios sob seu controle dobraram em 16 anos: eram 9% da Grande Rio, hoje são 18%.” diz Hirata.
Segundo ele, essa expansão se deve principalmente ao que os órgãos classificam como colonização de novas áreas. Embora a polícia promova muitos confrontos, ela é ineficaz em inibir esse processo.
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