O sargento da Polícia Militar, Roberto Marcio de Oliveira, acusado de matar o aposentado Clóvis Marcondes de Souza, de 70 anos, durante uma abordagem na Zona Leste de São Paulo, no dia 7 de maio, obteve do Tribunal de Justiça Militar (TJM) o direito de responder a o processo livremente.
A decisão desta segunda-feira (3) é assinada pelo desembargador do TJM Clovis Santinon, que pediu a emissão do alvará de soltura ao Presídio Militar Romão Gomes, “para que este possa proporcionar a soltura imediata [do sargento Márcio]”, segundo o documento.
Segundo documentos do processo da Justiça Militar, o sargento foi indiciado por homicídio culposo – quando não há intenção de matar – e foi colocado em prisão preventiva no dia seguinte ao ocorrido.
A Promotoria de Justiça Militar, porém, sugeriu a possibilidade de homicídio culposo com possível dolo, recomendando que o caso fosse encaminhado aos tribunais comuns.
O promotor Rafael Magalhães Abrantes Pinheiro argumentou que, embora ainda não seja o momento de emitir pareceres definitivos, há “fortes indícios de crime doloso contra a vida civil, por dolo eventual”, que ocorre quando o agente assume o risco da ação .
Justiça comum e liberdade provisória
Desde o início desta semana, o caso é investigado pelo Departamento Estadual de Homicídios e Proteção Individual (DHPP). Testemunhas do ocorrido já foram ouvidas e agora a polícia aguarda o envio das imagens das câmeras do corpo policial com áudio, pois parte do material foi adicionado ao inquérito militar sem som.
Na documentação em que pedia a liberdade do sargento, o advogado João Carlos Campanini disse, em linhas gerais, que uma vez ordenada no âmbito da Justiça Militar, a prisão preventiva não se justifica com o envio do caso à Justiça comum.
“A justiça foi feita, neste caso a prisão do investigado nunca deveria ter sido ordenada. É preciso seguir as normas, investigar primeiro e só depois, se for preciso, prender”, declarou o advogado.
Lembre-se do caso
Policiais Militares faziam patrulhamento no bairro Tatuapé, Zona Leste da cidade de São Paulo, quando por volta das 16h encontraram suspeitos divididos em três motocicletas.
Durante a perseguição a uma das motocicletas, o Sargento Márcio, contrariando o manual de procedimentos da Polícia Militar, efetuou um disparo de dentro do veículo. O tiro atingiu o Sr. Clóvis, que passava, e morreu. Nada de ilegal foi encontrado com os suspeitos.
A CNN teve acesso às câmeras corporais utilizadas pelos policiais que atenderam à ocorrência nas quais é possível identificar o momento do tiroteio fatal.
Compartilhar:
Fonte
consignável
noverde app
banrisul consignado whatsapp
consignado rapido login
cnpj inss portabilidade
consignado juros
noverde é seguro
consignado inss simulador