Soldados israelenses afirmam que mataram dois importantes dirigentes do Hamas em ataque à cidade de Rafah, neste domingo (26).
As Forças de Defesa de Israel (IDF) identificaram os indivíduos como Yassin Rabia, que se acredita ser o comandante da liderança do Hamas na Cisjordânia, e Khaled Nagar, que se acredita ser um alto funcionário do Hamas na mesma região.
Os militares afirmaram ter realizado o ataque a Tal al-Sultan, a noroeste de Rafah, “com base em informações precisas”. Anteriormente, o Exército israelita tinha confirmado que tinha atingido um alvo que seria o complexo do Hamas na região.
As IDF também repetiram a sua declaração inicial de que estão cientes de relatórios que indicam que o ataque feriu civis e que os ataques estão sob revisão.
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, disse que 35 pessoas morreram no ataque e dezenas de outras ficaram feridas. A maioria das vítimas eram mulheres e crianças.
A organização Crescente Vermelho Palestino disse que a área civil afetada era um campo para deslocados.
Vídeos obtidos por CNN mostrar tendas em chamas. Outro vídeo do Crescente Vermelho mostra médicos andando por uma tenda, enquanto um membro da equipe carrega uma criança.
Reação ao ataque
A assessoria de imprensa do governo de Gaza e o Comité de Emergência Palestiniano em Rafah condenaram o ataque, dizendo que a área foi designada como “zona segura” para civis.
A ONG Médicos Sem Fronteiras expressou horror após o bombardeamento israelita de Rafah. Num comunicado, MSF disse que o ataque aéreo “mostra mais uma vez que nenhum lugar é seguro”.
“Dezenas de feridos e mais de 15 mortos foram levados para o ponto de estabilização de traumas que apoiamos”, acrescentou a organização.
O grupo humanitário reiterou o seu apelo a um cessar-fogo imediato e contínuo em Gaza.
Mais de um milhão de palestinianos – muitos já deslocados pela ofensiva de Israel noutros locais da Faixa de Gaza – estavam abrigados em Rafah antes de Israel intensificar uma operação na cidade, que é a última antes da fronteira com o Egipto.
Muitos já fugiram da região, mas dizem não ter para onde ir, pois praticamente todo o território palestino está devastado após sete meses de intensos bombardeios.
As ações de Israel em Rafah tornaram-se um ponto de conflito, o que aumentou ainda mais a pressão diplomática sem precedentes que o país enfrenta agora devido à guerra em Gaza.
Mais de 35 mil palestinos morreram no conflito, segundo as autoridades palestinas.
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