Um evento na sede da Nasdaq, bolsa de valores dos Estados Unidos que reúne empresas de tecnologia, destacou as transformações sociais em uma das áreas menos desenvolvidas de Minas Gerais um ano após um investimento bilionário na extração de lítio verde, produzido em um maneira sustentável.
Um dos pilares do agora chamado “Vale do Lítio”, que foi abordado na cerimônia em Nova York, é aliar responsabilidade ambiental e social.
A empresa Sigma, por exemplo, investiu R$ 3 bilhões no projeto e montou uma estrutura com 10 mil linhas de microcrédito para atender a população do Vale do Jequitinhonha.
“No ano passado estávamos iniciando a produção, muitas das empresas que se estabeleceram na região estavam apenas iniciando as atividades de desenvolvimento, e o que você vê um ano depois é uma evolução significativa, um salto quantitativo em relação às entregas dessas empresas na região ”, comentou Ana Cabral, CEO da Sigma.
“Especialmente quando se trata de mudar a vida das pessoas, e isso está completamente alinhado com os objetivos climáticos”, acrescentou.
O lítio é o principal componente das baterias de carros elétricos, que estão cada vez mais em destaque nos Estados Unidos devido à transição energética. É também por isso que o debate ganhou destaque na Nasdaq.
O governo de Minas Gerais afirma que foram abertas quase 2 mil empresas em cidades onde o lítio é explorado, ajudando o estado a atingir a marca de dez empresas abrindo por hora.
Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, esteve presente no evento em Nova York.
“Nova York é o centro financeiro do mundo, os grandes investidores e grandes empresários estão em Nova York, e nada melhor do que, quando você estiver aqui, ligar para eles e mostrar: temos um estado onde o seu investimento será feito em um de forma segura, onde as regras são estáveis, e você tem grandes oportunidades aqui no caso do lítio, que é um metal estratégico nesta transição energética”, destacou Zema.
Outro destaque no tema é a mudança na região do Vale do Jequitinhonha, que, segundo o presidente da federação das indústrias do estado de Minas Gerais, Flávio Roscoe, já é perceptível.
“Basta ir até a região e você verá uma dinâmica completamente diferente; vários negócios nascendo, pessoas com pleno emprego quase em locais onde não havia oportunidade, formação profissional, dinâmica no comércio, nas ruas, valorização imobiliária… os impactos são relevantes e são muito facilmente perceptíveis”, apontou.
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