O Papa Francisco partiu de Singapura com destino a Roma nesta sexta-feira (13), após uma cansativa viagem pelo Sudeste Asiático e Oceania, na qual apelou à ação contra as alterações climáticas, pressionou pelo diálogo inter-religioso e reforçou a presença da Igreja Católica numa região onde a instituição representa uma pequena minoria.
O voo da Singapore Airlines que transportava o pontífice católico e sua comitiva decolou por volta de 1h25 (horário de Brasília) de Cingapura e deve chegar a Roma nesta sexta-feira, após um voo de 12 horas em seis fusos horários.
Francisco visitou a Indonésia, Papua Nova Guiné, Timor Leste e Singapura num período de 12 dias. O papa de 87 anos, que nos últimos anos sofreu com problemas de saúde, esteve em boa forma durante toda a viagem, mantendo uma agenda lotada e sendo protagonista de mais de 40 eventos.
Os destaques da viagem incluíram uma visita a uma cidade de cerca de 12 mil habitantes nos arredores de Papua Nova Guiné, onde o papa levou centenas de quilos de itens para ajudar no sustento da população local, incluindo medicamentos, roupas e brinquedos.
O papa também celebrou uma missa em Timor Leste com uma multidão de cerca de 600 mil pessoas, quase metade da população do país de 1,3 milhões.
Timor Leste, 96% católico, foi o único país com maioria católica na viagem do papa.
A viagem de 12 dias de Francisco foi a mais longa do seu papado e uma das mais longas da história papal. Ao desembarcar em Roma, Francisco terá percorrido quase 33 mil km.
O papa, que sofre de dores nos joelhos e nas costas, usou cadeira de rodas durante toda a viagem, mas cumpriu todos os compromissos agendados.
Na Indonésia, o país de maioria muçulmana mais populoso do mundo, Francisco emitiu uma declaração conjunta com o grande imã nacional pedindo uma ação climática global.
Em Singapura, apelou ao governo de um dos principais centros financeiros do mundo para que procure salários justos para mais de 1 milhão de trabalhadores estrangeiros com baixos salários.
Francisco priorizou viagens a lugares nunca visitados por um papa ou onde os católicos são uma pequena minoria. Ele foi apenas o segundo papa a visitar três dos quatro países do seu itinerário.
Na Papua Nova Guiné, Francisco ofereceu uma pequena visão sobre como pensa sobre a tarefa de liderar a Igreja Católica de 1,4 mil milhões de pessoas e de visitar católicos em todo o mundo.
Num comentário espontâneo a um grupo de jovens, fez o habitual pedido de que rezassem por ele. E depois, enfatizando a necessidade de orações, acrescentou: “Este trabalho não é fácil”.
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