Dezenas de líderes empresariais declararam apoio à vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, dizendo que ela é a candidata mais forte para a economia americana e o futuro da democracia.
Numa carta de três páginas, um grupo de 88 líderes empresariais, incluindo actuais e antigos executivos de alto nível de grandes empresas públicas de tecnologia, meios de comunicação e finanças, enfatizaram que acreditam que um governo Kamala poderia ser melhor para o sector privado.
“A sua eleição é a melhor forma de apoiar a força, segurança e fiabilidade contínuas da nossa democracia e economia”, aponta a carta aberta, que foi partilhada pela primeira vez com a CNBC.
As pessoas que assinaram o documento incluem executivos notáveis como James Murdoch, Mark Cuban e o bilionário do LinkedIn, Reid Hoffman.
Isto sublinha o apoio que Kamala tem não apenas em Silicon Valley, um reduto tradicional do Partido Democrata, mas em alguns cantos de Wall Street e em algumas empresas voltadas para o consumidor.
Os líderes empresariais argumentaram que, como vice-presidente, Kamala Harris avançou “ações para estimular o investimento empresarial nos Estados Unidos e garantir que as empresas americanas possam competir e vencer no mercado global”.
“Ela continuará a promover políticas justas e previsíveis que apoiem o Estado de direito, a estabilidade e um ambiente de negócios sólido, e se esforçará para dar a todos os americanos a oportunidade de perseguir o sonho americano”, acrescentaram.
Os signatários incluem:
- James Murdoch, ex-CEO da 21st Century Fox e filho de Rupert Murdoch
- Michael Lynton, presidente da Snap
- Jeremy Stoppelman, CEO do Yelp Hoffman
- Jeff Lawson, cofundador da Twilio
- Laurene Powell Jobs, CEO do Emerson Collective
- Mark Cuban, empresário e apresentador do “Shark Tank”
- Peter Chernin, fundador da TCG e ex-diretor de operações da Fox
- e Jeffrey Katzenberg, fundador e sócio-gerente da Wndr e ex-presidente do Walt Disney Studios.
Kamala Harris “amigo dos negócios”
Durante a campanha, Kamala Harris posicionou-se talvez como mais “amigável aos negócios” do que o presidente Joe Biden. Recentemente, ela delineou a sua plataforma de política económica, que inclui cortes de impostos para pequenas empresas.
O democrata também propôs aumentar a taxa de imposto sobre ganhos de capital de longo prazo para 28% para os americanos ricos, mas isso é um desvio do orçamento de Biden para 2025, que sugeria uma taxa ainda mais alta.
Trump também conquistou o apoio de vários CEOs, incluindo alguns nomes proeminentes da tecnologia – mais notavelmente Elon Musk, que apoiou Trump em julho.
David Sacks, o bilionário investidor em tecnologia, co-organizou uma arrecadação de fundos para Trump em junho em sua casa em São Francisco e discursou na Convenção Nacional Republicana.
A carta é um voto de confiança para Kamala, já que ela e o ex-presidente Donald Trump estão numa disputa acirrada pela Casa Branca, de acordo com pesquisas de opinião.
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