As autoridades israelitas afirmam ter “localizado vários corpos” durante os combates na Faixa de Gaza.
“Neste momento, as tropas ainda operam na zona e estão a realizar um processo de extração e identificação dos corpos que durará várias horas. Pedimos que não espalhem boatos”, afirmaram as Forças de Defesa de Israel (IDF) em comunicado neste sábado (31).
O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas instou o público a mobilizar-se após o anúncio das Forças de Defesa.
Milhares de pessoas se reuniram em Israel no sábado exigindo que o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, assinasse um acordo de reféns.
Israel não confirmou se os corpos localizados são de reféns.
“Netanyahu abandonou os reféns! Isso agora é um fato”, dizia um comunicado emitido pelo Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas.
“A partir de amanhã o país vai tremer. Pedimos ao público que se prepare. Vamos parar o país”, continuou a declaração.
O fórum informou que divulgará mais detalhes sobre o que está pedindo no domingo (1º).
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse no sábado à noite que a sua equipa esteve em contacto com as autoridades israelitas sobre a situação em curso, mas observou que os corpos ainda não foram identificados.
Biden também pediu o fim da guerra, expressando otimismo de que um acordo poderia ser alcançado para um cessar-fogo e a libertação de reféns, acrescentando que as partes envolvidas na negociação disseram que “concordam com os princípios”.
“É hora de esta guerra acabar”, acrescentou Biden. “Acho que estamos prestes a fechar um acordo. É hora de acabar com isso. É hora de acabar com isso.”
Os EUA, o Qatar e o Egipto, que assumiram o papel de mediadores, renovaram este mês os esforços para chegar a um acordo de reféns e a um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
Os mediadores propuseram uma abordagem em três fases; uma primeira fase envolvendo um cessar-fogo de seis semanas, uma segunda fase que libertaria todos os reféns e a retirada de toda a presença das Forças de Defesa de Israel de Gaza, e uma terceira fase de reconstrução.
No entanto, a proposta actual, se aceite, permite essencialmente que Israel e o Hamas abandonem as discussões após a primeira fase, e Israel deixou claro que uma pausa no conflito pode ser apenas isso, e não está pronto para concordar com um cessar-fogo. permanente.
Israel lançou a guerra contra o Hamas em Gaza após os ataques do grupo em 7 de outubro, nos quais mais de 1.200 israelenses foram mortos e 250 feitos reféns, segundo autoridades israelenses. Mais de 100 reféns foram libertados ao abrigo de uma trégua temporária no ano passado e oito foram resgatados com vida – incluindo Farhan Al-Qadi, que foi recuperado de um túnel do Hamas esta semana. No entanto, acredita-se que mais de 100 permaneçam em Gaza.
O CNN informou anteriormente que há 107 reféns no total, vivos e mortos, detidos em Gaza, de acordo com o Gabinete do Primeiro Ministro israelense e o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas.
Desse número, 103 reféns são do ataque do Hamas em 7 de outubro a Israel.
Desses 103 reféns, 33 são considerados mortos, de acordo com o Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas.
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