O Ministério da Saúde de Gaza disse que pelo menos 71 pessoas foram mortas como resultado de operações militares israelenses no enclave nas últimas 24 horas.
Outras 112 pessoas ficaram feridas, segundo o Ministério, neste domingo (25).
O ministério não faz distinção entre vítimas civis e vítimas do Hamas, mas afirmou anteriormente que cerca de 70% das vítimas da guerra eram mulheres e crianças.
O Ministério disse que o número acumulado de operações militares israelenses em Gaza desde 7 de outubro é de pelo menos 40.405 mortos e 93.468 feridos.
Negociações de cessar-fogo
Os negociadores estão na capital egípcia, Cairo, para um esforço renovado para acabar com os combates em Gaza em troca da libertação de reféns, o mais recente de uma série de esforços para garantir um acordo entre Israel e o Hamas.
O Hamas disse no domingo (25) que rejeita as novas condições israelenses apresentadas nas negociações de cessar-fogo em Gaza, lançando ainda mais dúvidas sobre as chances de um avanço no mais recente esforço apoiado pelos EUA para encerrar a guerra de 10 meses.
O que está acontecendo?
Representantes do Hamas chegaram à capital egípcia na noite de sábado (24), onde negociadores de Israel, EUA, Egito e Catar mantêm conversações.
A delegação ouvirá dos mediadores sobre os últimos desenvolvimentos nas negociações do acordo, disse Izzat al-Rishq, membro do gabinete político do Hamas, num comunicado no sábado. Negociadores israelenses também estão presentes.
O que está na mesa?
Um plano de paz em três fases foi apresentado pela primeira vez pelo presidente dos EUA, Joe Biden, em maio, que apela à libertação de reféns combinada com um “cessar-fogo total e completo”.
A Casa Branca está a pressionar para que o acordo seja concluído e já insistiu que o acordo foi aceite por Israel, mas o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, diz que permanecem questões fundamentais.
Quais são os principais pontos de discórdia?
Ainda existem lacunas significativas entre os dois lados. Israel deixou claro que, após a fase inicial de seis semanas, uma pausa nos combates pode ser apenas isso e não está pronto para concordar com um cessar-fogo permanente.
O Hamas indicou que está insatisfeito com a última proposta, uma vez que não incluía um cessar-fogo permanente e introduziu novas condições para a troca de prisioneiros.
Outro ponto importante de discórdia é o futuro do Corredor de Filadélfia, no sul de Gaza.
Israel exigiu manter o controlo da zona fronteiriça, enquanto o Hamas disse que as tropas israelitas devem retirar-se da área.
É provável um acordo?
Os EUA estão optimistas em relação à última fase das negociações. Biden disse na semana passada “estamos mais próximos do que nunca”.
Mas as negociações decorrem há meses e continua a haver grandes diferenças a superar.
Haniyeh desempenhou um papel fundamental para o Hamas nas negociações, enquanto Netanyahu está sob pressão competitiva das famílias dos reféns para garantir um acordo e do seu gabinete para derrotar o Hamas.
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