O analista da CNN Lourival Sant’anna criticou o processo eleitoral da Venezuela, classificando-o como fraudulento. Na sua análise, Lourival destacou as manobras do regime de Nicolás Maduro para desacreditar o próprio sistema eleitoral e impedir que a oposição monitorize a contagem dos votos.
Segundo Lourival, o governo venezuelano criou, durante anos, condições para minar a credibilidade do processo eleitoral. O analista relembrou um episódio de 2005, quando foram divulgadas listas de pessoas que votaram contra a proposta de Hugo Chávez em plebiscito, gerando medo entre os eleitores, especialmente funcionários públicos.
Boicote e aprendizado com a oposição
O analista explicou que, após este incidente, a oposição passou por um processo de aprendizagem. Inicialmente, optou por boicotar as eleições, o que resultou numa maioria esmagadora do governo na Assembleia Nacional. Posteriormente, a estratégia mudou para a participação massiva e tentativa de supervisão, mesmo com pouca confiança no processo.
Lourival destacou que, após a morte de Hugo Chávez, as manipulações eleitorais ficaram ainda mais evidentes. Em 2018, durante a primeira reeleição de Maduro, a oposição voltou a boicotar em massa as eleições, o que acabou por legitimar a vitória do atual presidente.
Contexto internacional e interesses económicos
O analista também abordou o contexto internacional que influencia a situação venezuelana. Com a guerra na Ucrânia e a redução da compra de petróleo e gás da Rússia pelos Estados Unidos e pela União Europeia, a Venezuela tornou-se uma opção interessante como fornecedor de petróleo.
Esse cenário, segundo Lourival, gerou um movimento no Ocidente para tentar convencer o regime de Maduro a fazer uma transição democrática. O objectivo seria permitir que a Venezuela voltasse a vender petróleo à União Europeia e aos Estados Unidos, aliviando a asfixia financeira do país, que enfrenta uma dívida externa de 150 mil milhões de dólares.
Acordo de Barbados e não cumprimento
Lourival mencionou o Acordo de Barbados, assinado por Maduro, que previa liberdade para a oposição apresentar seus candidatos e a libertação de presos políticos. Porém, o analista afirmou que o acordo não foi cumprido. Pelo contrário, outros 130 presos políticos foram detidos ao longo deste ano e os candidatos da oposição foram impedidos de concorrer.
O especialista concluiu a sua análise afirmando que o regime está a criar uma “concha de legitimidade” para o processo eleitoral, que pode ser suficiente para os atores que desejam aceitar a continuidade do governo chavista. No entanto, Sant’anna destacou que observadores mais atentos perceberão que o processo é, na realidade, falso.
“Essas manchas, essas aparências que o regime criou para dar essa casca de legitimidade podem parecer suficientes para os atores que querem aceitar que o regime chavista continue a governar a Venezuela. Outros, com um olhar mais clínico, vão perceber que esse processo é uma farsa”, disse Lourival.
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