O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, criticou os manifestantes anti-guerra e pró-Palestina, chamando-os de “anti-Israel” e dizendo que “eles deveriam ter vergonha de si mesmos”, em discurso ao Congresso dos Estados Unidos, nesta quarta-feira (26).
“A clareza começa com o conhecimento da diferença entre o bem e o mal. No entanto, incrivelmente, muitos manifestantes anti-Israel, muitos optam por apoiar o mal”, disse ele. “Eles estão com o Hamas. Eles estão ao lado de estupradores e assassinos. Eles apoiam as pessoas que vieram para os kibutzim, para um lar.”
“Esses manifestantes estão com eles. Eles deveriam ter vergonha de si mesmos”, acrescentou.
Netanyahu prosseguiu: “Eles recusam-se a fazer a simples distinção entre aqueles que têm como alvo os terroristas e aqueles que têm como alvo os civis, entre o Estado democrático de Israel e os bandidos terroristas do Hamas”.
O ataque do Hamas a Israel em 7 de Outubro deixou 1.200 mortos e outras 250 feitas reféns. Desde então, os ataques israelitas a Gaza mataram 39.090 palestinianos e feriram outros 90.147, segundo o Ministério da Saúde local.
A CNN não pode verificar de forma independente os números das autoridades de Gaza.
Netanyahu chamou os manifestantes de “idiotas úteis do Irã”
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, também chamou os manifestantes anti-guerra de “idiotas úteis do Irã” durante seu discurso perante o Congresso dos Estados Unidos na quarta-feira (24).
“Tanto quanto sabemos, o Irão está a financiar os protestos anti-Israel que estão a acontecer neste momento fora deste edifício”, disse ele. “Não são tantos, mas estão lá e por toda a cidade.”
Netanyahu referiu-se a uma declaração recente da Directora de Inteligência Nacional dos EUA, Avril Haines, de que o Irão está a tentar atiçar secretamente protestos nos Estados Unidos relacionados com o conflito em Gaza.
Na sua declaração, Haines disse que queria “deixar claro que sei que os americanos que participam nos protestos estão, de boa fé, a expressar as suas opiniões sobre o conflito em Gaza”, acrescentando que “esta informação não indica o contrário”.
Netanyahu, no entanto, pintou os manifestantes de forma ampla, alegando que eles “apoiam o Hamas” e “apoiam estupradores e assassinos”.
Manifestações antes do discurso de Netanyahu
Manifestantes pró-palestinos realizavam um protesto em Washington, D.C., nesta quarta-feira (24), antes de o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, discursar no Congresso dos Estados Unidos.
Os participantes da manifestação carregavam cartazes chamando Netanyahu de criminoso de guerra e pedindo sua prisão. Há também bandeiras e cartazes palestinos exigindo o fim da ajuda militar dos EUA.
“As mulheres palestinas dizem não ao genocídio. Palestina Livre”, dizia outra faixa.
Esta é a primeira visita do primeiro-ministro israelita aos EUA desde que assumiu o seu sexto mandato no poder, no final de 2022.
Mais protestos pró-Palestina
Protestos pró-palestinos também foram registrados nesta terça-feira (23), dentro do Capitólio, sede do Congresso americano.
Foram hasteadas bandeiras pedindo um acordo de cessar-fogo, o fim do envio de armas a Israel e as palavras: “Deixe Gaza viver” e “Os judeus dizem para parar o genocídio”.
A polícia dispersou o ato e fez prisões.
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