A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) afirmou nesta sexta-feira (19) que as declarações do presidente venezuelano Nicolás Maduro de que poderá haver um “banho de sangue” e uma “guerra civil” em seu país caso ele não seja reeleito levantam dúvidas sobre se haverá uma transferência de poder se a oposição vencer as eleições.
A votação está marcada para 28 de julho.
Em comunicado, a CIDH, que é um órgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), alertou a comunidade internacional sobre o que classifica como “perseguição política” no país latino-americano.
Pediu também ao Estado venezuelano que adote medidas para “reconstruir a separação e a independência dos poderes públicos”.
A Comissão argumenta que existem registos de “ataques” a líderes da oposição; detenções arbitrárias de activistas, jornalistas e membros de campanhas da oposição; fechamentos de mídia e negócios; intimidação de comités de campanha e apoiantes; além de impedimentos administrativos a candidatos a cargos públicos.
“À medida que se aproximam as eleições presidenciais, as garantias para o exercício dos direitos civis e políticos estão a retroceder e a não ser cumpridas”, afirma o comunicado, que apela também às comunidades regionais e internacionais para que continuem a “monitorizar de perto as eleições presidenciais e a encorajar o governo venezuelano a garantir que isso ocorra com o pleno exercício dos direitos civis e políticos”.
Lembrando que, além de presidente, Maduro é comandante das Forças Armadas, o texto cita declarações do chefe de Estado venezuelano de que, se a população não quiser que o país “caia num banho de sangue, numa guerra civil”, é preciso garantir a vitória eleitoral do governo.
“Este tipo de discurso da autoridade máxima do Estado e das forças de segurança tem o efeito de assustar e limitar a liberdade política do eleitorado. Estas declarações levantam dúvidas sobre a possível transferência de poder dada a possibilidade de resultado favorável da oposição”, diz o comunicado.
A CNN Contatou o governo venezuelano, que afirmou que, caso haja resposta à CIDH, isso será feito através dos canais oficiais de comunicação.
Comissão condena ataque ao líder da oposição
Anteriormente, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos também condenou o ataque relatado pela líder da oposição María Corina Machado.
Na quinta-feira (18), a ex-deputada mostrou imagens de veículos vandalizados de sua equipe. Segundo Corina, o óleo de um dos carros foi roubado e as mangueiras de freio de outro foram cortadas.
O episódio acontece um dia depois que o chefe de segurança de Corina, Milciades Ávila, foi detido e libertado após receber medida cautelar.
A prisão se soma aos mais de 10 membros da campanha da oposição que foram detidos. Eles são acusados de suposta conspiração contra o governo e de planos para desestabilizar o país.
Esta sexta-feira, a oposição informou que equipamentos de campanha foram confiscados pelas autoridades. Segundo integrantes da equipe de Corina, os organizadores de um evento oposicionista foram impedidos de montar o palco e o equipamento de som na última quarta-feira.
O governo, por sua vez, acusou a oposição de planear não reconhecer os resultados das eleições presidenciais de 28 de Julho.
Compartilhar:
formalização bmg digital
consignado refinanciamento
0800 do itaú consignado
empréstimo para funcionario público
bancos para fazer empréstimo
juros do empréstimo consignado
emprestimo servidor publico
banco que faz empréstimo para representante legal
qual o melhor banco para fazer empréstimo consignado
taxa consignado
empréstimo pessoal bmg
empréstimo sem margem consignável
emprestimo consignado o que e
juros para emprestimo de aposentado