A Câmara dos Deputados argentina vota nesta quinta-feira (27) dois grandes projetos de lei. Com estas medidas, o Presidente Javier Milei procura atrair investimentos para impulsionar uma economia nacional, que está imersa numa crise extensa.
Após difíceis negociações, o governo, que é minoria no Congresso, conseguiu que os diferentes partidos da oposição aprovassem a “Lei Básica” e um projeto de reforma tributária na Câmara no final de abril.
Os textos foram aprovados com modificações em votação acirrada no Senado, há quase duas semanas.
Agora, os deputados debatem se aceitam as mudanças propostas pelo Senado ou as rejeitam, buscando aprovar o regulamento original.
Enquanto a “Lei Básica”, também conhecida como “Lei dos Ônibus” devido ao seu volume, propõe benefícios fiscais para investimentos multimilionários, privatizações de empresas públicas e poderes especiais para o presidente.
Além disso, a reforma tributária altera as alíquotas sobre altos salários e bens pessoais.
Os regulamentos foram enviados por Milei ao Congresso logo após assumir o poder em dezembro, mas foram rejeitados.
Depois de longas conversas com a oposição, alvo de Milei, e da redução dos mais de 600 artigos originais da “Lei Básica” para os atuais 238, o governo finalmente chegou a um consenso.
Que mudanças o Senado fez?
Na votação de 13 de junho, em meio a protestos generalizados de rua, as empresas Aerolíneas Argentinas, Correo Argentino e o sistema público de mídia foram excluídas pelo governo da lista de empresas estatais elegíveis para privatização como parte de negociações com senadores para obter aprovação. dos padrões.
Além disso, os legisladores introduziram alterações para moderar os benefícios fiscais incluídos no regime conhecido como “RIGI” para investimentos superiores a US$ 200 milhões (R$ 1 bilhão) e eliminaram alterações nos impostos sobre altos salários e bens pessoais, entre outros aspectos.
Quais opções a Câmara dos Deputados tem?
Os deputados argentinos podem aprovar os artigos tal como foram aprovados originalmente na Câmara ou aceitar as alterações introduzidas pelos senadores.
A votação, no entanto, é um enigma, uma vez que o partido no poder, La Libertad Avanza, é uma minoria e a oposição está fragmentada, tornando difícil ao peronismo de centro-esquerda afirmar o poder da oposição.
Enquanto o partido conservador PRO, aliado do governo, pretende principalmente sancionar os artigos sem alterações por parte do Senado, o tradicional partido centrista Unión Cívica Radical (UCR), que até agora tem dado apoio moderado a Milei, pode ser fundamental neste processo. Votação de quinta-feira – justa.
“Os deputados não são obrigados a votar da mesma forma que os senadores”, afirmou há dias o deputado Rodrigo de Loredo, chefe do bloco UCR, em longa postagem na rede social X.
Num aceno ao governo, De Loredo disse que os deputados da UCR apoiarão mudanças nos impostos sobre altos salários (chamados “lucros”) e bens pessoais, que foram eliminados pelo Senado.
Embora tenha sublinhado que apoiaria a privatização das empresas públicas em discussão, o processo poderia ser complexo, porque elas foram retiradas da conversa pelo governo e a sua aprovação poderia levar a questões jurídicas.
Uma fonte governamental disse à Reuters que o partido no poder provavelmente não insistiria na quinta-feira na privatização das três empresas públicas, ao mesmo tempo que aceitaria as alterações ao RIGI impostas pelo Senado.
Deputados podem aprovar ou rejeitar trechos
Os deputados não precisam aprovar ou rejeitar alterações aplicadas pelo Senado como um todo, mas podem aceitar alterações em alguns artigos e rejeitá-las em outros.
“O que certamente não vai acontecer é que não será aprovado. Isso já foi aprovado, a questão é sobre a versão dos artigos, nada mais”, explicou à Reuters a analista Shila Vilker, da empresa de opinião pública Trespuntozero.
Segundo pesquisa da consultoria realizada em maio, 52% dos argentinos têm visão positiva da “Lei Básica”, enquanto 41,2% têm visão negativa.
As mudanças podem ser questionadas pelos tribunais?
Embora o partido no poder e os legisladores aliados considerem que a Câmara dos Deputados tem o poder de rejeitar as mudanças introduzidas pelo Senado, alguns especialistas destacam que a rejeição aberta dos artigos pelo Senado Federal põe em dúvida esta afirmação.
“A rejeição por 41 votos contrários contra 31 votos a favor do Título V (arts. 75 a 91) referente ao imposto de renda sobre lucros, que é uma ‘lei dentro da lei’, pelo Senado torna ainda mais inconstitucional a Câmara mais evidente de deputados tentando restabelecê-lo”, observou o jurista constitucional Andrés Gil Domínguez em seu relatório X.
Se os deputados aprovarem o regulamento, rejeitando as alterações introduzidas pelo Senado, parece provável que membros da oposição de centro-esquerda irão a tribunal para impedir a sua aplicação.
Compartilhar:
formalização bmg digital
consignado refinanciamento
0800 do itaú consignado
empréstimo para funcionario público
bancos para fazer empréstimo
juros do empréstimo consignado
emprestimo servidor publico
banco que faz empréstimo para representante legal
qual o melhor banco para fazer empréstimo consignado
taxa consignado
empréstimo pessoal bmg
empréstimo sem margem consignável
emprestimo consignado o que e
juros para emprestimo de aposentado