Líderes mundiais manifestaram preocupação com a tentativa de golpe de Estado na Bolívia nesta quarta-feira (26).
Após pergunta de CNN em conferência de imprensa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que pediu ao chanceler Mauro Vieira que chamasse as autoridades do país sul-americano e o embaixador brasileiro “para que possamos ter uma posição”.
“Como sou um amante da democracia, quero que a democracia prevaleça na América Latina. O golpe nunca funcionou”, acrescentou o líder brasileiro.
O presidente de Chile, Gabriel Borictambém se pronunciou nas redes sociais.
“Do Chile, expresso minha preocupação com a situação na Bolívia. Expressamos o nosso apoio à democracia no nosso país irmão e ao governo legítimo de Luis Arce”, destacou.
“Condenamos veementemente a inaceitável ação da força por parte de um setor do Exército daquele país. Não podemos tolerar qualquer violação da ordem constitucional legítima na Bolívia ou em qualquer outro lugar”, escreveu ele em sua conta no X.
O secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagrocondenou a situação na Bolívia, enviando solidariedade a Luis Arce.
“O Exército deve submeter-se ao poder civil legitimamente eleito, alertou.
Almagro destacou ainda que “qualquer violação da legítima ordem constitucional” não será tolerada.
Evo Morales, ex-presidente bolivianoacusou as tropas de planejarem um golpe de estado sob o comando do general Juan José Zuniga.
Apelou à “mobilização nacional para defender a democracia”.
“Não permitiremos que as Forças Armadas violem a democracia e intimidem o povo”, concluiu.
O presidente de México, Andrés Manuel López Obrador, também condenou a situação na Bolívia.
“Condenamos veementemente a tentativa de golpe de Estado na Bolívia. Nosso total apoio e apoio ao presidente Luis Alberto Arce Catacora, autêntica autoridade democrática deste povo e país irmão”, disse em X.
Por sua vez, o presidente do Cuba, Miguel Díaz-Canel, disse que “o ataque à democracia e ao povo boliviano mostrado pelas imagens da mídia internacional esta tarde é ultrajante”. Repudiou a tentativa de golpe e estendeu solidariedade ao povo do país sul-americano.
O presidente de Venezuela, Nicolás Maduro, denunciou o “golpe contra a democracia boliviana”. “Neste momento, forças que traíram o seu juramento de lealdade ao Estado tomaram o palácio presidencial de La Paz”, destacou.
O presidente de Honduras, Xioma Castropublicado em X: “Apelo urgentemente aos presidentes dos países membros da CELAC para que condenem o fascismo que hoje ameaça a democracia na Bolívia e exijam o pleno respeito ao poder civil e à Constituição”.
“As forças militares realizaram mais uma vez um golpe criminoso. Expressamos nosso apoio incondicional ao povo irmão da Bolívia, ao presidente @LuchoXBolivia e a @evoespueblo”, destacou.
Gustavo Petro, presidente da Colômbia, pediu ao povo boliviano que resistisse. “A América Latina deve se unir em favor da democracia. A embaixada colombiana deve fornecer refúgio aos perseguidos. Um golpe antidemocrático se confronta com a mobilização generalizada do povo”, afirmou.
Outro país que se pronunciou sobre o assunto foi Peru, destacando que apoia o povo e o governo constitucional de Luis Arce. Rejeitou também qualquer ato que comprometa a ordem democrática e institucional do país.
Luis Lacalle Pou, presidente do Paraguai, destacou: “Condenamos veementemente os acontecimentos em curso na Bolívia liderados por um setor de suas Forças Armadas, que prejudicam sua ordem democrática e constitucional. Expressamos nossa solidariedade ao governo legítimo do presidente Luis Arce”.
Também houve repercussão fora da América Latina. Ó Primeiro Ministro da Espanha, Pedro Sánchez, disse que seu governo “condena veementemente os movimentos militares na Bolívia. Enviamos o nosso apoio e solidariedade ao Governo da Bolívia e ao seu povo, e pedimos respeito pela democracia e pelo Estado de Direito.”
Também na Europa, o Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen comentou: “Condeno veementemente as tentativas de derrubar o governo democraticamente eleito da Bolívia. A União Europeia apoia as democracias. Expressamos nosso forte apoio à ordem constitucional e ao Estado de Direito na Bolívia.”
Charles Michael, o principal diplomata da União Europeia, também condenou a situação. “A União Europeia apoia a democracia e o povo boliviano”, destacou.
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