O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse nesta terça-feira (18) que o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, lhe garantiu que o governo de Joe Biden está trabalhando para suspender as restrições ao envio de armas para seu país. país.
Netanyahu referiu num comunicado que, quando se encontrou com Blinken na semana passada, manifestou ao americano o apreço pelo apoio que os Estados Unidos têm dado a Israel desde o início da guerra contra o Hamas, em outubro.
Mas também sublinhou que era “inconcebível que, nos últimos meses, o governo tenha retido armas e munições a Israel”.
Blinken, segundo Netanyahu, garantiu então que o governo dos EUA está trabalhando “dia e noite” para remover as restrições.
“Eu certamente espero que seja esse o caso. Deve ser o caso. Dê-nos as ferramentas e terminaremos o trabalho muito mais rapidamente”, comentou o Primeiro-Ministro.
Blinken, questionado em entrevista coletiva em Washington sobre os comentários de Netanyahu, recusou-se a dizer se havia dado essa garantia ao líder israelense.
No entanto, ele disse que o governo dos EUA estava a considerar enviar um carregamento de grandes bombas para Israel devido a preocupações sobre o uso de armas em áreas densamente povoadas.
Ele observou que outros carregamentos de armas estavam sendo enviados normalmente, citando as ameaças à segurança que Israel enfrenta, além do conflito na Faixa de Gaza, inclusive do Hezbollah e do Irã.
Além disso, o principal diplomata americano observou que o presidente Joe Biden deixou claro que faria tudo o que pudesse para garantir que Israel tenha tudo o que precisa para se defender eficazmente.
“Nós, como você sabe, continuamos revisando [o envio de] um carregamento de que o Presidente Biden falou, cerca de 900 kg de bombas devido às nossas preocupações sobre a sua utilização numa área densamente povoada como Rafah. Isto continua em análise”, destacou Blinken.
“Mas todo o resto está se movendo [sendo enviado] como normalmente se moveria, e novamente com a perspectiva de garantir que Israel tenha o que precisa para se defender contra esta multiplicidade de desafios”, acrescentou.
Biden alertou Israel no mês passado que os Estados Unidos deixariam de fornecer armas se as forças israelenses realizassem uma grande invasão à cidade de Rafah, que tem milhares de refugiados no sul de Gaza.
Dias depois, as tropas israelitas iniciaram uma ofensiva sobre Rafah, afirmando que os combatentes do Hamas estavam escondidos ali e reiterando que eliminar o grupo armado e trazer de volta os reféns eram os principais objectivos.
Na segunda-feira, o Washington Post informou que dois importantes democratas no Congresso dos EUA concordaram em apoiar uma grande venda de armas a Israel, que inclui 50 caças F-15 no valor de mais de 18 mil milhões de dólares.
O deputado Gregory Meeks e o senador Ben Cardin, segundo o jornal, assinaram o acordo sob forte pressão do governo Biden depois que os dois legisladores atrasaram a venda por meses.
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