Pela primeira vez em 200 anos, o México, a segunda maior economia da América Latina, terá uma mulher como presidente da República.
Claudia Sheibaum alcançou o mais alto cargo de poder e é visto como um avanço sobre o machismo num continente que continua a dar exemplos para o mundo do sexismo, do racismo e de outras formas de violência contra grupos minoritários, como as mulheres. Mas o que isso representa, esse caminho pode ser seguido por países, como o Brasil?
Teoricamente a receita deveria ser simplesmente: competência técnica, intelectual e administrativa, porém, na prática, os critérios são outros, e subliminares para alcançar cargos como Presidente da República, talvez, por isso sempre vemos, homens brancos privilegiados e , pertencentes a alguma casta política e ideológica nos chamados países democráticos desta parte do mundo.
Claudia sempre teve atributos não disponíveis para a maioria da população mexicana, mas essenciais para alcançar esta posição, primeiro, além de uma brilhante carreira acadêmica, agora presidente, ela cresceu em uma família mexicana de classe média alta, seu mestrado foi concluído em uma das melhores universidades do seu país e, o doutorado, nos Estados Unidos. A família esquerdista, de origem judaica, sempre fez política no almoço e no jantar, conforme relatou o vencedor das eleições mexicanas de 2024.
Porém, apenas sua formação política e acadêmica, por melhor que tenha sido, não a levaria ao poder se não fosse por outro fator extremamente importante que também pode ser visto aqui, no Brasil, quando a primeira mulher, Dilma Rousseff, se tornou Presidente da República, a indicação de quem ocupava o cargo mais alto na época, aqui, Luiz Inácio Lula da Silva —no caso mexicano, Andrés Manoel Lopes Obrador, atual presidente ali.
Isto demonstra que o “QI”, ou seja, quem o indica, ainda é um factor preponderante quando se trata de espaços reais de poder, seja no sector público ou privado, mesmo quando se vem de um nascimento esplêndido, sendo intelectual, cultural e econômico, este é o caminho. O que acontecerá com grupos minoritários, como os negros, no Brasil, cuja participação, por exemplo, na classe média alta é zero, onde a educação de qualidade, como a de Claudia, ainda é incipiente e o movimento nas principais lideranças políticas não é -existente, ficando este último aspecto claro quando observamos as notícias políticas e económicas do nosso país.
A democracia tão posta à prova nos últimos anos em países como o Brasil e os Estados Unidos, ainda terá dias difíceis se não abordar uma de suas essências de ideologia democrática, que é a participação efetiva e sem distinção através de seus filtros e funis de toda a representação da sociedade em todas as instâncias de poder, caso contrário continuaremos vendo uma Cláudia a cada 200 anos, um Obama a cada 250 anos e um presidente negro no Brasil, quem sabe, no próximo século 23?
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