Luis Zubeldía não ficou furioso com o tropeço do São Paulo nesta quinta-feira ao empatar em 0 a 0 com o Barcelona de Guayaquil, diante de mais de 50 mil torcedores no Morumbis, na penúltima rodada da fase de grupos do Taça Libertadores.
O técnico argentino viu o resultado como uma espécie de aprendizado para seus jogadores, que, apesar de já terem a classificação garantida às oitavas de final, ainda buscam avançar na liderança do Grupo B, pertencente ao Talleres.
“Já estamos classificados. Claro que sempre queremos vencer jogando em casa, tem muita gente, por nós, pela torcida, pelo clima da Libertadores, porque queremos terminar em primeiro no grupo. Ainda temos chances de terminar em primeiro, mas hoje estive conversando com eles antes de vir aqui e dizer que a Libertadores, a Sul-Americana, é um processo de enfrentar times diferentes”, disse Zubeldía.
“As equipes têm características diferentes. Algumas equipes cortam com faltas, são situações que aproveitam pela quantidade de bolas paradas que têm. O jogo de hoje para nós é um aprendizado, porque entendemos que aqui, principalmente no terço final, os times vão tentar fazer esse jogo, vão travar, fazer cera. Se você não estiver sintonizado, provavelmente não irá converter”, completou.
Aliás, o Barcelona de Guayaquil deu o seu melhor para “cozinhar” o jogo e sair de campo com o precioso ponto fora de casa. Para Luis Zubeldía, o duelo desta quinta-feira trouxe muitas lições para sua equipe, principalmente considerando os desafios que enfrentará nas oitavas de final da Libertadores, onde qualquer erro pode ser fatal.
“Sempre respeito o rival, neste caso o Barcelona porque dirigi o clube, eles me trataram muito bem. Assim, na Libertadores sabemos que os diferentes rivais tentam surpreender com o seu plantel, situações de jogo, para somar um ponto. O Barcelona fechou bastante e a partir daí marcou presença na área. Sinto que tivemos oportunidades claras e não convertemos. Para nós é importante ter esse tipo de jogo agora. Depois, quando entrarmos nas fases eliminatórias, não teremos margem para erros. Faltam 180 minutos para a fase eliminatória e temos que vencer. Parabéns ao rival, que fez o seu trabalho. Acho que merecíamos vencer, mas não conseguimos”, continuou.
“Falei com eles no intervalo. Havia coisas que estávamos fazendo mal, mas no geral estávamos indo bem. O Michel esteve bem na primeira parte, mas faltou-nos o toque final. Por que estávamos desaparecidos? Pode ser devido ao seu boom na grande área. Às vezes o futebol tem isso. Agora tenho margem de erro, quando jogamos as oitavas de final, quartas de final, semifinais, já é cara ou coroa, não há margem de erro. Aprendemos e procuramos variações ao longo do processo, através dos jogos. Acho que foi bom que isso tenha acontecido”, concluiu Zubeldía.