Depois de atingir a meta de chegar às quartas de final do basquete masculino nos Jogos Olímpicos de Paris, o Brasil terá uma missão complicada nesta terça-feira (6). A partida que vale vaga nas semifinais será contra a poderosa seleção dos Estados Unidos.
O duelo será disputado a partir das 16h30 (horário de Brasília) na Arena Bercy, na capital francesa. Pela primeira vez desde 1992, as principais estrelas da NBA aceitaram o chamado para disputar uma edição olímpica.
Mas qual será a estratégia traçada pelos brasileiros para tentar barrar o “Dream Team 2.0“? Itatiaia perguntou isso aos jogadores do time comandado por Aleksandar Petrovic. Abaixo, veja as opiniões de Yago, Benite e Gui Santos.
Impaciência
Para o armador Yago, conseguir explorar a falta de paciência dos americanos pode ser a chave para uma vitória surpreendente. Evitar perdas de posse que gerem contra-ataques rápidos será o papel dos craques brasileiros.
“O ponto fraco deles é a paciência. Eles querem roubar a bola, pegar rebotes, querem que a gente ataque rápido para eles contra-atacarem, que é o que eles fazem de melhor, que é jogar um contra um e chutar a bola livre”, disse.
“Muita coisa passa por mim e pelo Marcelinho, que são os craques do time. Teremos que minimizar a sua corrida e posse de bola. E jogue com confiança, sem medo. Entre”, acrescentou.
Diminua o ritmo
Para Gui Santos, que joga na NBA e é treinado por Steve Kerr, o objetivo é diminuir o volume de jogo. Para conseguir isso, será fundamental ter posses de bola longas no ataque. Para o lateral, manter o foco durante todo o jogo também será fundamental.
“Eles têm muita qualidade individual, mas acho que o que temos que ter em mente é diminuir o ritmo. Eles jogam muito rápido. Eles não esperam para conseguir o melhor arremesso. Se eles acharem que precisam chutar, eles o farão”, disse ela.
“E eles têm muita qualidade individual para fazer isso. Temos que acalmar o jogo, jogar forte desde o início e não podemos ter apagões”, acrescentou.
Atenção a todos
Para Vitor Benite, um dos jogadores mais experientes da seleção brasileira, o objetivo é o mesmo: reduzir ao máximo os pontos de transição dos norte-americanos.
Ele também pediu atenção a todos os jogadores, já que grandes craques saem do banco e podem mudar o jogo a favor dos Estados Unidos
“A força dos Estados Unidos é a transição e a capacidade de manter o nível durante todo o jogo. Às vezes, quem sai do banco é melhor do que quem está em quadra”, analisou.
“O cara volta para o banco e depois se sai melhor. Eles têm muita variedade de jogadores. O pivô pode defender o armador. Eles têm a capacidade de comandar o jogo inteiro no contra-ataque. Vamos tentar mudar o ritmo que eles gostam de jogo”, acrescentou.
Campanhas
Os Estados Unidos chegaram às quartas de final invictos nos Jogos Olímpicos de Paris. Houve vitórias tranquilas sobre Porto Rico, Sérvia e Sudão do Sul.
Por outro lado, o Brasil tem apenas uma vitória no torneio e se classificou como um dos dois melhores terceiros colocados. A seleção brasileira foi derrotada por França e Alemanha antes de vencer o Japão.
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