Neste sábado, em entrevista coletiva, o atacante Raphinha, convocado para defender a Seleção Brasileira nos amistosos e na Copa América, foi questionado sobre questões extracampo. Entre elas, as críticas de Ronaldinho Gaúcho ao Brasil.
O ex-jogador, que conquistou o quinto título em 2002, criticou a atitude dos convocados e afirmou que não acompanhará os jogos da Copa América.
Raphinha respondeu afirmando que ficou surpreso, assim como todo o grupo.
“Na verdade foi uma surpresa não só para mim, mas para todo o grupo. Acredito que vocês devam saber mais do que eu, ele nunca fez uma declaração dessas, pelo contrário, sempre demonstrou apoio ao time. surpreendendo muita gente, considero ele um ídolo, uma referência, todos do time, não só os jogadores, mas todos que trabalham aqui o veem como uma referência”, declarou Raphinha.
“Foi um golpe para nós. Obviamente, não concordamos, eu não concordo, estou entrando no terceiro ano e vejo dedicação, desejo, orgulho em vestir a camisa, não concordo com o que foi dito, não vendo determinação, vontade de ter jogadores medianos vestindo a camisa da Seleção discordo totalmente, todo mundo tem qualidade, mérito”, continuou.
“Pode ser campanha (publicitária) ou não, mas ficamos surpresos com o que ele falou, acabamos descobrindo pelo Vini que ele acabou pedindo ingresso esses dias para ver o nosso jogo, não condiz com o que foi dito . É uma surpresa ouvir essa vinda dele, mas não concordo, estando aqui vejo dedicação todos os dias”, finalizou o atacante da Seleção.
Ao longo da coletiva, o atacante foi surpreendido pelo companheiro Danilo. O lateral perguntou sobre os episódios mais difíceis de sua carreira. Em resposta, admitiu que pensou em “desistir do futebol”, mas pelo carinho que tem pela defesa da Amarelinha, além do nascimento do filho, não desistiu.
“Algumas vezes na minha carreira, digo até algumas vezes muito recentemente, pensei em desistir de tudo por causa de problemas pessoais, problemas profissionais. Pensei em desistir, desistir do futebol, diria que minha vida poderia ficar bem. a caminho, não teria a necessidade de passar por alguns problemas mentais ou algumas dificuldades de agressões em assuntos midiáticos ou mesmo por causa dos fãs, porque não estou fazendo o que eles acham que eu deveria estar fazendo. desistir, já pensei em abandonar o futebol, mas hoje em dia tenho uma força maior, que é o meu filho”, disse emocionado.
“Imaginar que um dia ele (filho) poderá me ver como uma inspiração no futebol, de repente não ser o melhor jogador do mundo, mas apenas ser uma referência para ele já vale muito. consciente de ainda ver o pai jogando futebol, representando grandes clubes, isso foi uma grande motivação para continuar com essa ideia de não desistir do futebol. E também o meu sonho de conquistar títulos com a camisa da seleção acrescentou o atacante.
Momentos antes de se emocionar, Raphinha elogiou o clima do time e relatou o momento da virada, onde entendeu a importância de vestir a camisa do pentacampeão.
“O bom clima na Seleção vai ao encontro do que Danilo falou no vestiário, sobre o privilégio e a importância de vestir a camisa da Seleção. Quando fiquei de fora, depois da Copa do Mundo, percebi o quanto é bom estar aqui Não vamos vencer todos os jogos e um resultado não mudará a importância e o orgulho de vestir esta camisa”, afirmou.
A seleção brasileira estreia na Copa América no dia 24 (segunda-feira), contra a Costa Rica. A bola rola às 22h (horário de Brasília), no Estádio SoFi. Paraguai e Colômbia são as outras duas seleções que completam o Grupo D.
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