A Espanha, que depois de uma década de decepções tenta recuperar o nível da sua época de ouro – em que foi campeã europeia em 2008 e 2012 e campeã mundial em 2010 -, não terá vida fácil no Euro-2024, onde divide o grupo B com Itália, Croácia e Albânia, naquele que é considerado o mais forte do torneio.
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—UEFA EURO 2024 (@EURO2024) 26 de março de 2024
Espanha: juventude no poder
Acostumado a trabalhar com as categorias de base, o técnico Luis de la Fuente aposta nas camadas jovens e jogadores como Yamine Lamal (16 anos), Nico Williams (21) e Pedri (21) são titulares do treinador, que também pode atuar como protagonista de outros mais ‘novatos’ como Pau Cubarsí (17) e Fermín López (21).
Doze anos depois do título continental que marcou o auge da geração de ouro (Casillas, Xavi, Iniesta, Xabi Alonso, Villa, Piqué, etc.), ‘La Roja’ continua o processo de construção de uma equipe que voltará a levar de volta ao a elite.
Foram pouco mais de dez anos de decepções. A Espanha não conseguiu passar das oitavas de final nas últimas três Copas do Mundo e na Eurocopa de 2016. As semifinais do Euro 2021 foram a única alegria, além da conquista da Liga das Nações em 2023, um título sem tradição e prestígio dos dois grandes torneios mas uma amostra do potencial que tem o grupo formado por De la Fuente.
Esta juventude, e a inexperiência que dela resulta, é no entanto o calcanhar de Aquiles desta Espanha, onde jogadores como Rodri, Carvajal, Laporte e Morata têm o papel de fornecer o que falta aos jogadores mais jovens. O calendário também não beneficia a ‘Roja’, pois estreará contra a Croácia (vice-campeã da Copa do Mundo de 2018 e 3ª colocada da Copa do Mundo de 2022) e depois enfrentará a Itália (atual campeã europeia), com a necessidade de somar pontos . se não quiser chegar com uma corda no pescoço para a última partida, contra a Albânia.
Itália: sensação de ‘déjà vu’
O trauma da perda da Copa do Mundo de 2018 foi parcialmente curado com o título europeu em 2021, o que faz com que a situação atual da Itália tenha um ar de ‘déjà vu’. Também ausente da Copa do Mundo do Catar 2022, a ‘Azzurra’ lutará para se tornar o segundo país a manter a taça, depois da Espanha em 2008 e 2012.
Tal como aconteceu em 2021, a seleção italiana não conta com grandes estrelas como era comum no passado (Baggio, Del Piero, Pirlo, Buffon, etc.), mas tem à margem um treinador com personalidade marcante: Luciano Spalletti, o homem que venceu o histórico ‘Scudetto’ com o Napoli em 2023 e substituiu Roberto Mancini no ‘Nazionale’.
O grupo atual não inclui grandes nomes do vestiário Azzurro 2021, como Marco Verratti e Ciro Inmobile, mas o goleiro Gianluigi Donnarumma, destaque do título há três anos, permanece no time.
Os dados não são muito otimistas, pois a Itália se classificou para o torneio com dificuldades, não obteve resultados muito expressivos nos últimos tempos e não poderá contar com os zagueiros Francesco Acerbi e Giorgio Scalvini, ambos por lesão e que foram convocados com a missão. de ter um papel importante no esquema de Spalletti.
Por outro lado, os italianos têm o calendário a seu favor. Estreará contra a Albânia, teoricamente o time mais fraco do grupo, e em caso de vitória terá praticamente um pé nas oitavas de final, pois, além dos dois primeiros de cada grupo, os quatro melhores terceiros colocados (de seis grupos).
Croácia: Modric como ‘maestro’
Apesar dos 38 anos, Luka Modric ainda é o maestro de uma orquestra croata que parece estar sempre afinada quando chegam grandes torneios.
O veterano craque conquistou sua sexta Liga dos Campeões com o Real Madrid no dia 1º de junho, mas ainda luta pelo primeiro título com a camisa da seleção de seu país, apesar da regularidade da ‘Quadriculada’, finalista da Copa da Rússia 2018 e semifinalista do Mundial Copa do Catar-2022, além de vice-campeonato da Liga das Nações em 2023, perdendo a final justamente para a Espanha.
Livakovic, Gvardiol, Kovacic, Brozovic e Perisic, entre outros, continuam como fiéis escudeiros de Modric numa equipa que, se errar alguma coisa, é uma grande goleadora.
Albânia: Seleção de Sylvinho quer surpreender
Pela história e tradição, a Albânia pode ser considerada uma potencial ‘zebra’ do grupo B, mas já mostrou nas Eliminatórias para a Euro-2024 que melhorou muito, sofrendo uma única derrota e vencendo o seu grupo. Terminaram à frente da República Checa e enviaram a Polónia de Lewandowski para o play-off.
No comando da seleção dos Balcãs está o ex-jogador brasileiro Sylvinho, que assumiu o cargo em novembro de 2023 com a missão de colocar a Albânia no mapa do futebol europeu.
“A nossa força é a equipa”, garantiu o antigo defesa do Barcelona em entrevista à AFP.
Porém, Sylvinho conta com jogadores de destaque, como o meio-campista Kristjan Asllani, da Inter de Milão, o zagueiro Berat Djimsiti (que conquistou a Liga Europa com a Atalanta em maio) e o atacante Armand Broja (emprestado pelo Chelsea ao Fulham).
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