O Internacional divulgou recentemente imagens do gramado do Beira-Rio seco, apesar de danificado, após sofrer com as enchentes que atingiram Porto Alegre. O cenário do estádio Colorado contrasta com a casa do rival Grêmio, que continua com seu campo submerso.
Os dois principais estádios da cidade ficam em regiões diferentes, apesar de estarem próximos ao Guaíba. Enquanto o Beira-Rio fica mais ao sul, no bairro Praia de Belas, a Arena do Grêmio fica em Humaitá, ao norte, uma das regiões mais afetadas pelas enchentes.
Praia de Belas teve 1.514 pessoas afetadas pela tragédia no estado. A região não possui comportas para reter a água, mas duas das três casas de bombas conseguiram escoar a água após terem sido restauradas recentemente.
Os números da tragédia aumentam consideravelmente se compararmos a região do Beira-Rio com o bairro onde fica a arena do Grêmio. Humaitá registrou 12.617 pessoas afetadas.
Para reforçar o impacto das enchentes na região Norte, o estádio do Grêmio está localizado a poucos minutos do Aeroporto Salgado Filho, uma das estruturas mais afetadas pelas enchentes na capital gaúcha.
Outro motivo da situação delicada da zona norte, onde fica a Arena do Grêmio, foi o rompimento de uma comporta, o portão 14, no início de maio. Algumas casas de bombas na região também não puderam ser reiniciadas.
Prazo para retorno do Beira-Rio
Embora a situação no Beira-Rio pareça melhorar com o nível das águas, o Internacional espera que sua casa demore muito para se recuperar, como explicou Victor Grumberg, vice-presidente do clube, ao Rádio Itatiaia.
“Imaginamos iniciar ainda esta semana os trabalhos de limpeza, desinfecção e sanitização do Estádio Beira-Rio. A água atingiu cerca de um metro, quatro metros e vinte. Chegou à segunda fila de assentos do estádio e permaneceu por muito tempo. Os bancos saíram, estavam na metade do campo”, comentou.
“Imaginamos que dentro de 30 dias, 45 dias, conseguiremos fazer essa limpeza, desinfecção do estádio. Reconstrução do mobiliário e rede elétrica. Sabemos que este mercado está com muita procura, há muita gente a precisar de reconstruir, por isso estimamos um prazo de 45 a 90 dias para que estas áreas sejam reconstruídas e reconsideradas”, acrescentou.
Situação caótica na Arena do Grêmio
Ainda não é possível mensurar os impactos que o Grêmio terá com as enchentes. O Tricolor sofrerá um prejuízo considerável, mas a manutenção da Arena ficará a cargo da empresa responsável, conforme informado em nota oficial.
“A Arena será responsável pela reforma de todas as estruturas danificadas pela enchente. A análise precisa dos custos e do processo só poderá ser realizada após o recuo da água.”
O gramado da casa gremista ainda não tem previsão financeira para sua recuperação, mas os responsáveis já estão aptos a trabalhar no prazo de até 40 dias.
“Mudando a grama, dependendo da espessura, dá para jogar em 30 dias. Após análises e certificando-se de que tudo está funcionando, a possibilidade de termos jogos em 30 e 40 dias é muito alta. É difícil estabelecer um valor médio para reparos. Precisamos esperar o volume de água diminuir”, declarou Fabio Camara, da World Sport, responsável pelo gramado, ao Rádio Grenal.
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