O atacante Di María, campeão mundial com a Argentina em 2022, deu detalhes sobre as ameaças sofridas por ele e sua família após a notícia de um retorno iminente ao futebol argentino, mais precisamente à cidade de Rosário e Rosário Central, cidade onde nasceu e o clube que o revelou. Em entrevista concedida ao jornalista Juan Pedro Aleart, do Rosário3o ídolo argentino disse que seu retorno à Argentina era praticamente certo, mas que as ameaças de violência recebidas fizeram com que ele se retirasse.
“Tinha tudo preparado para voltar, mas as ameaças ultrapassaram todos os limites.”, afirmou o jogador.
Aos 36 anos, Di María está sem clube desde que terminou o seu contrato com o Benfica. Voltar ao clube que o formou, o Rosário Central, era um desejo dele e da equipe desde o ano passado. Porém, desde que começaram a circular as notícias sobre a contratação do atacante, as ameaças ao jogador e sua família começaram a crescer e ganhar corpo.
Cartas e cartazes com juramentos de morte a familiares, ameaças presenciais na casa dos pais e no trabalho da irmã, tiros em posto de gasolina e mensagem contra Di María, além de uma caixa entregue na casa do jogador com dentro uma cabeça de porco, uma bala de revólver e uma mensagem ameaçando matar uma das filhas do jogador. Ameaças que fizeram o multicampeão desistir de voltar ao futebol onde nasceu.
“Houve uma ameaça no bairro dos meus pais que foi denunciada por todo o lado e, simultaneamente, houve outra ameaça na imobiliária da minha irmã que ninguém sabia porque ela e o meu cunhado ficaram assustados e não denunciaram. . Era uma caixa com uma cabeça de porco com uma bala de revólver na frente e uma mensagem que dizia que se eu voltasse para Rosário Central a próxima cabeça seria minha filha Pia. Depois, outra ameaça no posto de gasolina com tiros, o que aconteceu há pouco tempo. Poderiam ter matado qualquer funcionário ou pessoa que estivesse lá, uma loucura. Acredito que muitas coisas me fizeram tomar essa decisão. Não são apenas ‘letrinhas’, houve tiros e coisas sérias”, disse Di María.
O agressor ainda relata que o período foi horrível para ele, sua família e quem estava ao seu redor.
“Só de ver o nome da minha filha em uma placa e eles mandarem uma caixa com o que enviaram já superava tudo o que eu poderia fazer. Foram meses horríveis. Apenas pensamos e choramos todas as noites por não conseguirmos realizar o nosso sonho (de voltar ao Rosário Central)”, acrescentou.
Aposentado da Seleção Argentina após vencer a Copa América de 2024, Di María ainda não definiu o que fará da carreira. Com a possibilidade de regressar ao futebol argentino descartada, o jogador avalia agora uma prorrogação de contrato com o Benfica ou mesmo uma mudança para outro mercado do futebol.
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