Há 30 anos morria um dos maiores esportistas da história brasileira, Ayrton Senna. O lendário piloto de Fórmula 1 ficou marcado por suas vitórias emocionantes. Entre eles, destaca-se o GP do Brasil de 1991. Talvez a mais dramática de todas as 41 vencidas por Senna.
Realizado em 24 de março de 1991, no recém reformado Autódromo de Interlagos, o Grande Prêmio do Brasil daquele ano teve condições favoráveis para Senna. Isso porque, além de conhecer a pista como “sua casa”, a chuva esteve presente no final da prova.
Nessas condições de corrida, “o Chefe”, como era conhecido Ayrton, sempre foi considerado o favorito para vencer.
A corrida
Pole Position, Senna, da McLaren, largou ao lado de Riccardo Patrese, da Williams, que foi ultrapassado na primeira curva por Nigel Mansell, também da Williams. O brasileiro aproveitou a disputa entre os companheiros e abriu vantagem na liderança.
Senna permaneceu seguro na frente durante parte da corrida. Após dois terços da corrida, Mansell começou a ameaçar a liderança de Ayrton e rapidamente se aproximou do piloto da McLaren.
Apertando o ritmo e buscando a vitória, Mansell exigiu o máximo do carro e abusou dos limites da pista.
Na largada da volta 60, das 71 a serem disputadas, o piloto da Williams rodou na entrada da curva “Senna S” e foi deixado para trás pelo brasileiro. Longe do perigo de Mansell, a vitória de Senna ocorreu com tranquilidade, mesmo com a chuva começando a cair.
Drama no final
Apesar do erro de Mansell e de um final de corrida supostamente pacífico para Ayrton, ninguém imaginava o que estava por vir. No início da volta 64, o carro de Senna apresentou problemas e o câmbio travou na sexta marcha. Impossibilitado de parar nos boxes para reparar o problema, Ayrton teve então que fazer um grande esforço para controlar o carro e seguir na corrida.
Patrese, que estava em segundo lugar, foi avisado por sua equipe sobre o problema com a McLaren de Ayrton e rapidamente começou a diminuir a diferença para o brasileiro. Apesar da aproximação do italiano, Senna levou o carro até a linha de chegada com muito esforço e venceu a corrida.
As arquibancadas de Interlagos vibraram de catarse, o público pulou, os fiscais de pista comemoraram. Na rádio, Senna gritou, chorou e o time comemorou. Poucos metros depois, o carro de Senna desligou e o brasileiro continuou a gritar no rádio.
Senna estava exausto e com os músculos tensos depois de tanto esforço. Foi necessário que o carro médico entrasse na pista para socorrer Ayrton.
No pódio, Senna chorou, de dor e emoção. Ainda sentindo espasmos pelo esforço, o brasileiro superou o desconforto e ergueu seu primeiro troféu pela vitória no GP do Brasil de 1991.
Em 1993, Senna venceu novamente em Interlagos, mas nem de longe tão emocionante quanto da primeira vez.
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